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Participação de produtos importados no consumo atinge nível recorde

Veículo: Folha de São Paulo

Seção:E conomia

A participação dos produtos importados no consumo dos brasileiros subiu no segundo trimestre do ano até 21,8%, seu maior nível desde que este indicador começou a ser medido em 2007, informou nesta quinta-feira (14) a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

A porcentagem de produtos importados no consumo total dos brasileiros subiu 1,2% desde o segundo trimestre do ano passado (20,6%) e manteve a tendência crescente, segundo a patronal dos industriais.

A participação dos importados no consumo brasileiro vem crescendo rápida e gradualmente desde o primeiro trimestre de 2010, quando os produtos adquiridos no exterior correspondiam a 15,9% dos consumidos no país.

Porto de Itajaí, em Santa Catarina; participação de produtos importados no consumo dos brasileiros atinge recorde no 2º trimestre
Porto de Itajaí, em Santa Catarina; participação de produtos importados no consumo dos brasileiros atinge recorde no 2º trimestre e chega a 21,8%, maior nível registrado pela CNI desde 2007

O chamado Coeficiente da Abertura Comercial do Brasil, medido trimestralmente pela CNI e pela Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), mostrou que as empresas brasileiras continuam com dificuldades para exportar seus produtos.

De outro lado, o chamado Coeficiente de Exportação, que mede a importância do mercado externo para a produção industrial brasileira, se manteve estável em 19,2 % pelo segundo trimestre consecutivo e apenas aumentou 0,5% desde o mesmo período do ano passado.

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Apesar do coeficiente das exportações estar subindo desde o segundo trimestre de 2010, ainda está distante dos 22% registrados no primeiro trimestre de 2007, quando o indicador começou a ser medido.

"As importações seguem ganhando importância no mercado interno, mas o mercado externo não está ganhando importância para as empresas brasileiras", afirmou o gerente da Unidade de Estudos e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, citado em comunicado da entidade.

Segundo o especialista, os resultados do estudo confirmam a falta de competitividade da indústria brasileira, que, além de dificuldades para colocar suas manufaturas no exterior, enfrenta a concorrência com os produtos estrangeiros no mercado nacional.

Em julho, as exportações do Brasil superaram as importações em US$ 1,6 bilhão, obtendo o segundo melhor resultado mensal do ano para a balança comercial. 

 



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