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Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

LONDRES  -  O Banco da Inglaterra  (BoE, na sigla em inglês) melhorou ligeiramente sua previsão para o crescimento econômico do Reino Unido para este ano e o próximo e afirmou que a inflação deve permanecer em torno da meta perseguida pela autoridade monetária nos próximos três anos.

No relatório de inflação divulgado nesta quarta-feira, a instituição elevou de 3,4% para 3,5% a estimativa de crescimento do país em 2014 e de 2,9% para 3% a de 2015.

Por outro lado, o BC britânico cortou de forma significativa sua estimativa de aumento da renda salarial, de 2,5% para 1,25%.

Esses fatores, de forma combinada, confirmam a expectativa dos investidores de que o Banco da Inglaterra iniciará no primeiro trimestre de 2015 a elevação da taxa de juros. Alguns analistas não descartam, contudo, que o movimento da autoridade monetária possa ocorrer em novembro deste ano ou até mesmo em maio do próximo calendário. De qualquer forma, a incerteza em relação ao momento do primeiro aumento no juro está se estreitando.

A evolução dos salários permanece um fator essencial à avaliação que o BC britânico faz das pressões inflacionárias, de acordo com leitura do relatório de inflação.

Embora a taxa de desemprego tenha registrado em junho seu menor nível desde 2008, a 6,4%, o ritmo de crescimento da renda do trabalho foi o mais fraco desde que uma base de dados comparáveis foi estabelecida, em 2001. Dessa forma, é improvável, como acreditava até há pouco parte dos analistas, que o BC venha a iniciar, já em novembro, o ciclo de elevação de juros.

Nesta quarta-feira, o Banco da Inglaterra indicou que a taxa básica de juros permanecerá abaixo da média “por algum tempo” e que os juros devem continuar abaixo da média além do “horizonte usual previsto”, ou meados de 2017.

(Dow Jones Newswires)