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Prévia da inflação desacelera em julho, mas supera teto da meta em 12 meses

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, registrou alta de apenas 0,17% em julho, mantendo a tendência de desaceleração dos últimos meses, ditada sobretudo pelo comportamentos dos alimentos.

Em junho, o índice havia sido de 0,47%, inferior ao de maio (0,58%).

O índice deste mês é o mais baixo desde setembro de 2013 (0,27%).

Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileira de Geografia e Estatística).

Apesar da freada recente da inflação, a taxa acumulada em 12 meses segue pressionada e ficou em 6,51%, registrando a maior variação desde junho do ano passado, quando foi de 6,67%.

Pelo IPCA, índice oficial e que baliza o regime de metas, a inflação de junho recuou e atingiu 0,40%, também em razão dos alimentos.

O índice em 12 meses, porém, rompeu o limite superior da meta e chegou a 6,52%.

  Silva Junior - 17.dez.2013/Folhapress  
Consumidora faz compra em supermercado no interior de SP; queda no preço dos alimentos ajudou a manter prévia da inflação baixa
Mulher faz compras em supermercado no interior de SP; alimentos ajudam na desaceleração do IPCA

PRESSÃO

Os resultados do mês foram inferiores às expectativas do mercado, que, em pesquisa da agência Reuters, apontava alta de 0,20% em julho e de 6,55% no acumulado de 12 meses.

No entanto, até agosto, analistas esperam que a inflação se mantenha pressionada. De janeiro a julho, o IPCA-15 soma uma alta de 4,17%.

O recuo do índice de junho para julho decorre na esteira da queda dos preços dos dois mais importantes grupos de despesas das famílias.

O de alimentação teve deflação de 0,03%, intensificando uma tendência de taxas mais baixas vista em meses anteriores.

Já o de transportes registrou uma queda expressiva de 0,85% em julho, após subir 0,5% em junho.

GRUPOS

A forte queda do grupo transporte refletiu a queda de 26,77% dos preços das passagens aéreas diante dos descontos praticados para voos após a Copa, quando as tarifas subiram.

No caso do alimentos, muitos produtos ficaram mais baratos em julho.

Os destaque foram com batata-inglesa (-13,23%), tomate (-11,63%), feijão-fradinho (-8,04%), cenoura (-7,67%), feijão-carioca (-7,44%), cebola (-6,36%), hortaliças (-5,33%), feijão-preto (-5,32%) e farinha de mandioca (-4,60%).

De todos os grupos, apenas habitação (de 0,29% em junho para 0,48% em julho) e despesas pessoais (de 1,09% para 1,74%) deixaram de mostrar desaceleração ou queda de preços.

Também tiveram deflação em junho, ao lado de alimentos e transportes, educação (-0,7%) e comunicação (-0,10%) –este último por conta de preços menores de telefonia.

No caso da educação, o IBGE sempre faz uma revisão do custo das mensalidades no meio do ano e constatou essa ligeira queda. A maior parte dos aumentos, porém, se concentra em fevereiro. 

 



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