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Resultado deve esfriar ânimo do consumidor, dizem especialistas

Veículo: Folha de São Paulo

Seção: Economia

derrota do Brasil na Copa deve esfriar ainda mais o ânimo do consumidor brasileiro, já afetado por inflação mais alta, crédito mais caro e temor de perder emprego e a renda.

Economistas, empresários e representantes de entidades do comércio e da indústria não arriscam "chutar" quanto isso pode impactar negativamente na economia. Mas todos são unânimes em dizer que "o cartão amarelo", sinal de alerta para o crescimento do país, já foi mostrado em campo –e há meses– ao Brasil.

"A saída do torneio pode causar certo desânimo no curto prazo. Como o consumo depende dessa expectativa de como será o futuro, o consumidor deve adiar, de forma pontual, a decisão de comprar itens, principalmente de maior valor", afirma Fabio Pina, economista da Fecomercio SP, federação que reúne o comércio paulista.

Na "escalação" de produtos e serviços que podem ser mais atingidos estão os relacionados ao turismo, bares e restaurantes.

"Pode haver perda de ímpeto de consumo de 'itens-Copa', como artigos de vestuário e e bebidas. Esse efeito seria pequeno, porém, até porque essa demanda já foi contratada (e parte consumida)", diz Guilherme Mercês, gerente de economia da Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro).

Se a saída do Brasil da Copa do Mundo pode ter um impacto negativo na confiança e no otimismo dos consumidores, por outro lado pode afetar positivamente o setor produtivo, que volta ao ritmo de produção normal, segundo avaliação do economista e professor da PUC-Rio, José Marcio Camargo.

Ao contrário de economistas ingleses, que estimaram à imprensa britânica que a derrota precoce da Inglaterra, que deixou o Mundial já na primeira fase, poderia custar US$ 510 milhões (ou R$ 1,1 bilhão) à economia daquele país, no Brasil empresários e especialistas dizem que é difícil estimar essa perda.

"Não é por causa da derrota que o país vai parar. Com a saída do time brasileiro de campo, o que pode ocorrer é que alguns setores deixem de ganhar, mas isso não significa que irão perder", afirma o economista Fábio Silveira, diretor da consultoria GO Associados. 

 



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