Notícias

Dólar deve reagir a início de rolagem de swaps

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

O mercado de câmbio deve reagir ao anúncio do início da rolagem do lote de US$ 9,457 bilhões em contratos de swap cambial que vence em 1º de agosto. Os investidores também aguardam a pesquisa eleitoral realizada pelo Datafolha, que será divulgada hoje.

Serão renovados até 7 mil contratos com vencimentos para 4 de maio e 1º de julho de 2015, cuja operação poderá somar até US$ 350 milhões. Se mantiver esse ritmo, o BC renovará apenas US$ 7 bilhões do lote total de US$ 9,457 bilhões que vence no mês que vem, o que pode trazer uma pressão de alta para o dólar.

 

 

O BC deixou de substituir US$ 1,310 bilhão do lote de US$ 10,060 bilhões que venceu ontem. A autoridade monetária ainda não aceitou nenhuma proposta no leilão de rolagem de US$ 3,5 bilhões em linha de dólar com compromisso de recompra, realizado na segunda-feira.

Em entrevista ao órgão de comunicação interna do BC, chamado "Conexão Real", o presidente da instituição, Alexandre Tombini, ressaltou que ainda deve haver dois processos de realinhamento de preços: da taxa de câmbio e dos preços administrados. Desde 26 de março, o dólar vem se mantendo abaixo do patamar de R$ 2,30.

Ontem, a moeda americana fechou em queda de 0,27% a R$ 2,2040, com dados positivos do setor industrial na China impulsionando as moedas de países exportadores de commodities como o Brasil e a Austrália. O mercado ainda repercutiu o dado da balança comercial que mostrou um superávit de US$ 2,365 bilhões em junho, o maior para o mês em três anos.

Na BM&F os juros futuros recuaram ontem com recuo do dólar e novos sinais de enfraquecimento da atividade econômica. O índice de atividade industrial no Brasil, medido pelo HSBC, caiu de 48,8 pontos em maio para 48,7 pontos de junho, o menor nível desde julho de 2013. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2016 saiu de 11,14% para 11,11%.

Provavelmente, os investidores devem interpretar as declarações de ontem do presidente do BC como um sinal de que a Selic será mantida em 11% até o fim do ano. Tombini afirmou que, embora o IPCA acumulado em 12 meses deva seguir elevado, a "inflação ao consumidor se encontra em patamar baixo e deve permanecer comportada ao longo dos próximos meses". Segundo Tombini, as deflações no atacado tendem a se refletir para o varejo com "mais intensidade". Repetindo diagnóstico presente no Relatório Trimestral de Inflação, o presidente do BC afirmou que "mantidas as condições monetárias, a inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta ao longo do horizonte relevante para a política monetária"

 



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar