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Varejo mantém tendência de queda e recua 0,4% em abril

Veículo: Folha de São Paulo

Seção: Economia

Após registrar queda nas vendas em março, impactadas pela inflação mais alta, o comércio manteve a tendência e sofreu novo recuo em abril.

As vendas no período caíram 0,4% em relação ao mês anterior (quando a queda foi de 0,5%), na comparação livre de efeitos típicos de cada período, informou o IBGE nesta quinta-feira (12).

O cenário ruim fez com que as famílias pisassem no freio e consumissem menos. Jogam a favor dessa tendência de baixa os juros mais altos do cartão de crédito e do crediário, a inadimplência mais elevada e a restrita oferta de crédito aos consumidores pessoa física.

Em relação a abril de 2013, o varejo viu suas vendas, em volume, reagirem depois do tombo de março e subiram 6,7%.

O resultado de abril sobre março ficou pior do que a mediana do esperado por analistas, que previam queda de 0,2%, na medição da Reuters, e recuo de 0,1%, no da Bloomberg. Na comparação com março de 2013, o resultado ficou melhor do esperado. Nessa base de comparação, analistas previam alta de 6,2%, nas duas leituras.

O comércio acumula expansão de 5% de janeiro a abril deste ano, num ritmo similar ao de períodos anteriores. Já na taxa em 12 meses encerrada em abril, as vendas avançaram 4,9%, acima dos 12 meses encerrados em março, de 4,5%.

O comércio crescerá menos neste ano na esteira de uma inflação mais alta e de um mercado de trabalho que dá claros sinais de esgotamento, com o emprego estagnado no primeiro quadrimestre nas grandes metrópoles e a renda em desaceleração.

COPA

Para analistas e associações do setor, a Copa trará um saldo negativo ao varejo, já que a atividade contará com menos dias e horas úteis de trabalho com feriados em algumas cidades e paralisação em dias de jogos do Brasil.

Outro ponto é que há uma migração do consumo do varejo para os serviços, com as famílias gastando mais em bares e restaurantes, por exemplo.

Até mesmo o setor eletrodomésticos, que vinha bem com a venda em alta de TV, já viu esse efeito passar e registrou uma ligeira perda de 0,1% de março para abril.

Pelos dados do IBGE, os setores com melhor desempenho de março para abril foram o de uso pessoal e domésticos (magazines), com alta de 0,3%. Já as quedas mais expressivas ficaram com supermercados e demais lojas de alimentos (recuo de 1,4%), vestuário e calçados (queda de 1%) e combustíveis (queda de 0,8%).

 



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