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Apetite chinês dificulta avaliação do mercado de algodão

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

O relatório de oferta e demanda de produtos agrícolas do Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desta quarta-feira (11) trouxe poucas alterações em relação ao do mês anterior.

No caso da soja, o Usda apenas elevou o esmagamento de 2013/14. Com isso, os estoques dos EUA caíram ainda mais, o suficiente para apenas 13 dias de consumo nesta safra que se encerra.

Uma das novidades do relatório ficou para o algodão, segundo Daniele Siqueira, da AgRural, de Curitiba. Os EUA estão exportando mais, e a área a ser colhida deve ser ampliada na safra 2014/15.

  1º.nov.2012/Reuters  
Campo de algodão na China; economistas estimam queda de 1,4% nas commodities em 2014
Campo de algodão no interior da China; economistas estimam queda de 1,4% nas commodities em 2014

O aumento de área plantada nos EUA ocorre devido às chuvas de maio no Texas, Estado que vinha sofrendo forte seca havia vários anos.

Siqueira afirma, no entanto, que uma alta na produção, sem expansão do consumo, significa ampliação dos estoques. O resultado final é uma alteração de preços.

Para a analista da AgRural, quando se trata de prever tendências de mercado de algodão, tudo fica mais difícil por causa da China.

O país asiático, quando se esperava que pisasse no freio nas compras externas, manteve as importações. Os chineses agora têm algodão para 620 dias de consumo.

Provavelmente os chineses estarão com um apetite menor na próxima safra. Após ter comprado 5,3 milhões de toneladas em 2011/12, a China deverá adquirir apenas 1,7 milhão de toneladas na safra 2014/15, avalia o Usda.

O comércio mundial do produto estará menos ativo na próxima safra. As importações, que chegaram a 10 milhões de toneladas na safra 2012/13, recuam para 7,7 milhões em 2014/15.

O consumo mundial fica praticamente estável, em 24,4 milhões de toneladas, enquanto a produção será de 25,2 milhões, também com pouca alteração.

Os estoques mundiais, que em 2010/11 eram de 11 milhões de toneladas, sobem para 22,4 milhões na próxima safra, estima o Usda.

A safra 2014/15, que tem início em agosto, deverá ter 33 milhões de hectares semeados com algodão no mundo. Nesta que se encerra foram 32,8 milhões.

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Commodities caem 3,7% em maio, aponta banco

O preço das commodities vai cair 1,4% neste ano. Já em 2015, deve subir 1,6%.

A avaliação é de economistas do banco Itaú, que apuram mensalmente o ICI (Índice de Commodities Itaú). Em maio, a queda do índi- ce foi de 3,7%. Condições climáticas favoráveis, principalmente nos Estados Unidos, provocaram a queda dos agrícolas.

Os economistas do banco especializados nessa área apuraram uma queda de 10% nos preços das commodities agrícolas. Entre elas, estiveram café e açúcar, que oscilam devido às incertezas nos fundamentos, apontam.

Os preços do minério de ferro continuam em queda, pressionados pela desaceleração na China e pela maior oferta de metais pela Austrália.

Reunião Produtores e indústria se reuniram nesta quarta (11) com Neri Geller, da Agricultura, para discutir o fim da proibição do uso de avermectinas.

Plano B Produtores e indústria fazem documento apontando a importância do uso adequado do produto.

Definição O setor e a Embrapa vão fazer testes de campo para definir o período ideal de carência.

Grãos

EUA mostram tamanho da nova safra

Os norte-americanos vão produzir 98,9 milhões de toneladas de soja na safra 2014/15, 11% mais do que em 2013/14. A safra de milho sobe para 354 milhões, 6% mais. Esses números são, no entanto, iguais aos de há um mês, aponta o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

 



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