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Vendas no varejo caem pelo segundo mês e têm pior abril desde 2001

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

RIO  -  (Atualizada às 10h31) O volume de vendas no varejo caiu 0,4% em abril, perante o mês anterior, descontados os efeitos sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a segunda queda consecutiva no indicador - em março, houve recuo de 0,5% - algo que não acontecia desde novembro de 2008, quando a economia sofreu de forma mais acentuada o impacto da crise financeira global.

Além disso, o resultado de abril é o pior para o mês desde 2001 e se iguala ao do quarto mês de 2003. 

O resultado ficou em linha com a média estimada pelo Valor Data, de queda de 0,4%, apurada junto a 20 consultorias e instituições financeiras. O intervalo das projeções era de queda de 1,75% a alta de 0,9%. 

De março para abril, sete dos dez segmentos do comércio varejista ampliado registraram queda nas vendas, com destaque para Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,7%), seguido por equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,6%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,4%), tecidos, vestuário e calçados (-1%), combustíveis e lubrificantes (-0,8%), material de construção (-0,5%) e móveis e eletrodomésticos (-0,1%). 

Houve aumento em veículos e motos, partes e peças (5,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,3%). As vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos ficaram estáveis.

Na comparação com abril de 2013, as vendas varejistas registraram aumento de 6,7%. Nos primeiros quatro meses do ano, o crescimento foi de 5%, ao passo que, nos 12 meses até abril, o avanço correspondeu a 4,9%.  

Respeitando o confronto anual, cinco das oito atividades do varejo registram resultados positivos no volume de vendas, sobressaindo hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (10,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (16%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,4%), móveis e eletrodomésticos (2,4%), e combustíveis e lubrificantes (1,5%).

O IBGE mostrou ainda que a receita nominal do varejo subiu 0,6% em abril, depois da alta de 0,4% em março, descontados os efeitos sazonais. Na comparação com abril de 2013, a receita nominal do varejo subiu 13,5%. No primeiro quadrimestre, a expansão alcançou 11,1%, enquanto em 12 meses, a receita teve alta de 11,8%.

No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas subiu 0,6% entre março e abril. A média apurada pelo Valor Data entre 12 analistas indicava alta de 1,6%.

Na comparação com abril de 2013, o volume de vendas do varejo ampliado ficou estável. No primeiro quadrimestre, o varejo ampliado subiu 1,6% e, no acumulado em 12 meses até abril, aumentou 2,5%.

A receita nominal do varejo ampliado aumentou 1,1% em abril, após estabilidade em março, dado revisado de baixa de 0,1%. Em relação a abril de 2013, a receita teve alta de 6%; cresceu 6,9% nos quatro primeiros meses do ano e aumentou 8% nos 12 meses encerrados em abril. 

 



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