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Economistas veem inflação pressionada, mesmo com PIB fraco

Seção: Economia

Economistas que estiveram reunidos nesta segunda-feira (9) em São Paulo com o diretor do Banco Central Carlos Hamilton disseram discordar da tese de que o baixo crescimento da economia trará a inflação para baixo.

Para a maioria dos analistas, o crescimento baixo pode ajudar a segurar os preços, mas apenas parcialmente.

Em primeiro lugar, se espera para algum momento nesse período a correção de tarifas e preços controlados pelo governo, como os de energia. O mercado de trabalho e a política fiscal também são fatores de pressão.

Na ata do Copom (Comitê de Política Monetária) da semana passada, o BC informou que a queda na atividade está entre os motivos que levaram a instituição a interromper o ciclo de alta da taxa básica de juros (Selic) iniciado em abril de 2013.

Embora haja dúvidas sobre a intensidade da desaceleração, todos concordaram que a economia está fraca.

A maioria afirmou que o PIB deve crescer cerca de 1% em 2014 e não muito mais que isso em 2015.

Não houve críticas duras ao BC, segundo um dos presentes ao encontro, mas alguns economistas afirmaram que seria necessário aumento maior dos juros.

Em relação ao câmbio, que se tornou um dos principais aliados no combate à inflação recentemente, os analistas disseram avaliar que é possível adiar um ajuste para cima no preço da moeda americana para 2015.

Segundo relato de pessoas presentes aos três encontros realizados ontem, o diretor de Política Econômica repetiu o procedimento de apenas ouvir os economistas, sem fazer intervenções.

As reuniões trimestrais com analistas fazem parte do ritual de preparação dos relatórios de inflação do BC, divulgados a cada três meses.

O objetivo é avaliar as expectativas do mercado e ouvir explicações sobre as mudanças nas projeções nos últimos três meses.

Na sondagem do BC com o mercado (pesquisa Focus) divulgada ontem, as previsões de crescimento do PIB caíram para 1,44% neste ano e 1,8% no próximo. Foi mantida a previsão de manutenção da taxa Selic nos atuais 11% ao ano até dezembro. 

 



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