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FGV: IGP-M cai em maio à menor taxa desde junho de 2011

Veículo: Valor Econômico

Seção: Economia

 
 
Divulgação | IBGE

SÃO PAULO  -  Com recuo nos preços no atacado e desaceleração da inflação no varejo, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) teve queda de 0,13% em maio, a menor taxa do indicador desde o recuo de 0,18% em junho de 2011, de acordo com a série histórica da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em abril, o indicador teve alta de 0,78%. Em maio de 2013, o indicador ficou estável.

O resultado de maio deste ano foi provocado pela queda de 0,65% dos preços no atacado, a maior desde pelo menos agosto de 2010, início da série disponibilizada no site da instituição.

A desaceleração do IGP-M também pode ser creditada ao arrefecimento dos preços no varejo, cuja taxa baixou de 0,82% para 0,68% entre abril e maio, a menor taxa desde novembro de 2013, quando marcou alta de 0,65%.

O IGP-M é um indicador geralmente usado como referência para o reajuste de contratos, como os de aluguel. No ano, acumula alta de 3,22% e, nos últimos 12 meses, um avanço de 7,84%.

A queda do IGP-M foi maior que a esperada pelo mercado. Média de 17 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data apontava que o índice teria deflação de 0,03% neste mês.

IPA e IPC

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) — que representa 60% dos IGPs e mede a inflação no atacado — recuou 0,65% em maio, de uma alta de 0,79% em abril. O IPA de produtos agropecuários passou de alta de 2% para queda de 0,68%, e o de produtos industriais foi de alta de 0,33% para 0,64% no período. Entre os períodos que mais influenciaram a queda do IPA estiveram o minério de ferro (de -3,20% para -6,10%), os ovos (14,72% para -5,80%), aves (1,29% para -4,03%), batata-inglesa (36,13% para -11,60%) e a mandioca (-7,99% para -7,32%). Na contramão, as altas mais relevantes foram tomate (-7,46% para 22,51%), leite in natura (5,62% para 2,63%), café em grão (1,71% para 4,59%), e arroz em casca (-2,25% para 3,31%).

No varejo, a alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou para 0,68% em maio, ante 0,82% em abril. O IPCA representa 30% do IGP-M. A principal contribuição partiu do grupo alimentação, cuja alta cedeu de 1,62% para 0,81%. Nessa classe de despesa se destacou o item hortaliças e legumes, que saiu de alta de 8,71% para 1,26%.

Taxas mais baixas também foram registradas em vestuário (1,09% para 0,49%) e transportes (0,53% para 0,45%), puxados por roupas (1,41% para 0,59%), e na segunda, gasolina (0,88% para 0,03%).

Em contrapartida, houve aceleração nos custos de habitação (0,55% para 0,72%), saúde e cuidados pessoais (0,97% para 1,16%), educação, leitura e recreação (0,00% para 0,38%), comunicação (-0,03% para 0,20%) e despesas diversas (0,43% para 0,65%).

Em cada uma dessas classes de despesa, a FGV destacou o comportamento da tarifa de eletricidade residencial (0,43% para 3,20%), medicamentos em geral (1,49% para 2,05%), passagem aérea (-14,30% para -1,24%), tarifa de telefone residencial (-0,41% para 0,50%) e jogo lotérico (0,00% para 3,73%), respectivamente.

No acumulado de 12 meses, o indicador do atacado (IPA) cedeu de 8,68% para 8,30%, já, o IPC, acelerou de 6,14% para 6,52% no período.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que já havia sido divulgado pela FGV nesta semana, subiu 1,37% em maio, de 0,67%, puxado pelo aumento dos custos da mão de obra.

 



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