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Brasil não contrata mão de obra e nem consegue concorrer com países como Bangladesh e Peru

Veículo: Portal Interface

Seção: Economia

O diretor-superintendente da Associação Brasileira de Indústria Têxtil (Abit), Fernando Pimentel, lamenta, semana após semana, as importações de vestuário que subiram 2.270% entre 2003 e 2013, saindo de 100 milhões de dólares para 2,37 bilhões de dólares. “Estamos enfrentando a China, Índia, Bangladesh e Peru. Nenhum trabalhador nosso queria trabalhar lá, mas não olhamos a etiqueta ao comprar esses produtos”, disse novamente na última semana de abril na Câmara dos Deputados.

Para ele, porém, a solução não é fechar o mercado brasileiro às importações. “Ninguém quer banir o comércio; o Brasil já fez isso e se deu muito mal com reservas de mercado. Mas temos de discutir as questões de produção”.

Já o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias do Setor Têxtil, Vestuário, Couro e Calçados, José Ricardo Leite, afirma que o setor precisa urgentemente de ajuda. “Para fazer concorrência com produtos importados, estamos fazendo excesso de jornada de trabalho, para não aumentar os custos com novas contratações”

O diretor do Departamento de Indústrias Intensivas em Mão de Obra, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Marcos Otávio Prates, reconheceu que a alta carga tributária é um dos principais entraves do setor têxtil. “O Brasil precisa de uma reforma tributária. Isso não é um problema de governo, mas da sociedade”, afirmou. Segundo ele, “a questão é complexa, mas precisa ser enfrentada por toda a sociedade para se chegar a uma solução”.



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