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Cautela do varejo afeta receita da Hering até março

Veículo: Valor Econômico

 

Seção: Economia

 

A Cia. Hering reportou ontem mais um trimestre de baixo crescimento das vendas. Segundo Frederico Oldani, diretor financeiro, a empresa só deve voltar a crescer acima da média do varejo de moda a partir do segundo semestre.

No período de janeiro a março, a Cia. Hering registrou lucro líquido de R$ 64,6 milhões, queda de 6,9% na comparação anual. A receita líquida avançou 3,9%, para R$ 394,4 milhões. Na lojas abertas há mais de um ano, as vendas da empresa recuaram 4,1%.

O resultado final da Cia. Hering ficou um pouco abaixo da média de projeções dos bancos consultados pelo Valor - Credit Suisse, Santander, Votorantim e Goldman Sachs -, que apontava para um lucro de cerca de R$ 69 milhões, em linha com o ano passado.

Segundo Oldani, o desempenho da empresa foi prejudicado pelo ambiente macroeconômico adverso e pela cautela dos varejistas às vésperas da Copa do Mundo, que já contam com a redução de dias de vendas durante a competição. "Já sabíamos que seria um trimestre difícil, mas foi um pouco pior do que esperávamos", afirmou Oldani.

O executivo aposta numa significativa melhora da perfomance da companhia na segunda metade do ano por causa de ações como ampliação do sortimento de produtos nas lojas Hering Store - a principal rede da empresa -, o lançamento da primeira unidade da Hering For You (de moda íntima e fitness) e do plano de negócios da marca Dzarm.

Além disso, a Cia. Hering pretende, até dezembro, relançar duas de suas cinco webstores, que estavam com dificuldades operacionais para suportar o tráfego de clientes. As outras três lojas on-line devem começar a operar até o fim de junho de 2015.

O problema na plataforma virtual fez com que a companhia parasse com as ações para atrair o consumidor para os sites. Por causa disso, no primeiro trimestre, as vendas on-line da Cia. Hering caíram 7,1%.

O cenário macroeconômico "difícil" deve perdurar ao longo de todo o ano, disse Oldani. Para o executivo, o setor de varejo de vestuário este ano crescerá entre 7% e 8% - ou seja, apenas um pouco acima da inflação. "No curto prazo, sentimos que categorias como smartphones, tablets e televisões estão direcionando o consumo", disse.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação da (Ebitda) da Cia. Hering no trimestre ficou em R$ 94,5 milhões, recuo de 7,5% em relação a um ano antes. A margem Ebitda caiu 2,9 pontos percentuais, para 24%. O indicador foi afetado por um aumento de 17,5% nas despesas operacionais da companhia, que reforçou a sua estrutura administrativa como parte do seu plano de reestruturação da gestão das suas marcas.

Pressões do câmbio e de mão-de-obra nos custos da companhia também impactaram negativamente a rentabilidade no período.

 



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