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IGP-10 recua em abril, mas segue pressionado

Veículo: Valor Econômico

 

Seção: Economia

A alta de preços em matérias-primas animais no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) e a forte pressão no Índice de Preços ao Consumidor (IPC) impedem queda maior do Índice Geral de Preços -10 (IGP-10) no curto prazo. O IGP-10 em abril subiu 1,19%, avanço inferior ao de 1,29% em março, mas a desaceleração não ocorre de forma disseminada, segundo o superintendente-adjunto de inflação do Instituto de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), Salomão Quadros.

O índice ainda sofre pressões contrárias que devem mantê-lo alto pelo menos no próximo mês. O especialista calcula que em junho, entretanto, o IGP-10 pode recuar para um patamar abaixo do observado em igual mês do ano passado - 0,63%.

"Com ajuda do câmbio e menor pressão agrícola, o IGP-10 de junho pode ser abaixo de 0,63%. Maio deve vir ainda alto, maior que o -0,09% apurado em igual mês de 2013", avaliou Quadros. Segundo ele, produtos importantes como a batata inglesa e o feijão ainda estão em aceleração no IPA, o que vai afetar o IPC. "Há mais exemplos de produtos subindo do que caindo no caso de alimentos in natura."

Por outro lado, Quadros aponta que a queda do dólar pode ajudar a conter a taxa para materiais e componentes para a manufatura no curto prazo. "O câmbio vai permitir que essa desaceleração se sustente mais. O grupo passou de 1,41% em março para 0,25% em abril, e agora terá os benefícios da desvalorização cambial. Aumentos planejados podem não acontecer imediatamente, o câmbio começa a ser variável importante para os próximos dois meses."

Se alguns alimentos ainda estão em movimento de alta, outros já começam a se recuperar do efeito da estiagem. "Principalmente no caso da soja, o efeito foi praticamente absorvido", disse Quadros.

No IPC, a alimentação segue como o componente mais importante de alta, seguido de vestuário e saúde e cuidados pessoais.

 



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