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Após fim de ano de queda, vendas do varejo sobem 0,4% em janeiro

Veículo: O Estado de São paulo

Seção: Economia

Em relação a janeiro de 2013, as vendas no comércio tiveram alta de 6,2% em janeiro deste ano

 
 
Economia & Negócio e Daniela Amorim, da Agência Estado

RIO - Após um fim de ano de queda do comércio, as vendas no varejo subiram 0,40% em janeiro ante dezembro de 2013, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A série é livre de variações sazonais.

Em dezembro, as vendas no varejo haviam apresentado queda de 0,2%, interrompendo assim o ciclo de nove meses seguidos de alta. Entre as baixas que influenciaram o resultado de dezembro, estiveram equipamentos e material para escritório, que recuaram 12,6%.

O resultado de janeiro veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, serviço da Agência Estado, que esperavam desde uma queda de 0,80% a uma alta de 0,70%, com mediana negativa de 0,30%.

Na comparação com janeiro de 2013, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 6,2% em janeiro deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam entre uma alta de 3,60% a 6,50%, com mediana de 4,75%. As vendas do varejo restrito acumularam aumento de 4,3% em 12 meses.

Varejo ampliado. As vendas no varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, subiram 2,1% em janeiro ante dezembro de 2013, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas, que esperavam uma expansão de 0,40% a 4,40%, com mediana de 2,90%.

Na comparação com janeiro de 2013, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 3,5% em janeiro deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam entre expansão de 2,14% e 7,60%, com mediana de 5,30%. As vendas do comércio varejista ampliado acumularam um aumento de 3,3% nos últimos 12 meses.

Automóveis. O crédito mais caro e restritivo, além do aumento da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, prejudicou a atividade de veículos e motos, partes e peças em janeiro. O volume vendido caiu 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado. "As condições de crédito para veículos não são mais tão favoráveis. As linhas de crédito continuam existindo, mas não com tanta atratividade como a gente conseguia perceber em 2012 e início de 2013", lembrou Aleciana Gusmão, técnica da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. "Só que nessa queda de 1,8% vale lembrar que teve reajuste de IPI em janeiro", acrescentou.

Em relação a dezembro, o segmento ainda apresentou expansão de 1,9%, graças a estoques nas montadoras e concessionárias de automóveis com IPI ainda reduzido, explicou a pesquisadora.

A redução nas vendas de veículos em janeiro ante o mesmo mês do ano passado freiou o crescimento do varejo ampliado no período. O aumento foi de apenas 3,5%, contra uma alta de 6,2% registrada pelo varejo restrito.

Ainda no conceito ampliado, a atividade de material de construção registrou alta em janeiro, de 3,9% em relação a janeiro de 2013. Os produtos beneficiados pelo governo com redução de IPI mantiveram o benefício inalterado no mês, mas a atividade também foi estimulada pelo crédito.

"As linhas de crédito para financiamento imobiliário ainda existem, e, diferentemente do que ocorre para financiamento de veículos, o crédito imobiliário continua com certa atratividade, porque o governo permite um limite maior do uso do FGTS para a compra do imóvel. Então essa parte de construção civil ainda acaba tendo esse impacto dessa medida", justificou Aleciana.

Revisão. O IBGE revisou a taxa de vendas no varejo ampliado em dezembro ante novembro de 2013, de -1,5% para -1,9%. O volume vendido em novembro ante outubro também sofreu ajuste, passando de 0,9% para 0,8%. Já o resultado de outubro ante setembro saiu de 2,0% para 1,7%.

Setores. Na passagem de dezembro para janeiro o comércio varejista ampliado registrou aumento nas vendas em oito das dez atividades pesquisadas. Os únicos resultados negativos foram verificados em tecidos, vestuário e calçados (-0,3%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%).

 

 



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