O preço do algodão no mercado interno está no maior nível desde 2011. O indicador do pluma Esalq/BM&FBovespa foi a R$ 2,2998 por libra-peso anteontem, valor mais alto desde junho de 2011.
O valor refere-se a contratos para pagamento em oito dias, com entrega em São Paulo. Em janeiro, o produto subiu 8%, a maior alta mensal desde março de 2013.
A alta é motivada por baixos estoques e demanda firme. Segundo Lucílio Alves, pesquisador do Cepea, após o recesso de dezembro, as indústrias começaram o ano com pouca matéria-prima e precisaram ir às compras.
Como os estoques de algodão estão praticamente em linha com a necessidade de aquisição da indústria no primeiro semestre, de 450 mil toneladas, houve reajustes.
Mas o pesquisador acredita que não haja mais espaço para altas significativas, pois as cotações internas estão próximas da paridade de importação. A situação, porém, pode mudar se o dólar continuar subindo e os preços em Nova York avançarem.
A partir de junho e julho, quando começa a chegar ao mercado a nova safra, a tendência é de queda.
Para Alves, a alta do algodão retifica a decisão do produtor de ampliar a área em 20% nesta safra, mas não altera a perspectiva para a produção. As decisões de plantio da safra de verão já foram tomadas em 2013 e, devido à elevada necessidade de insumos nas lavouras de algodão, é difícil para o produtor fazer mudanças de última hora.
Na segunda safra, Alves diz que pode haver alguns ajustes de área em Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul, caso os produtores fechem contratos antecipados aproveitando o bom preço atual.
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Para o campo 1 A produção de pneus agrícolas aumentou 12,6% em 2013 em relação ao ano anterior, segundo a Anip (associação do setor). As vendas, que incluem também os produtos importados, avançaram 16,7%, para 957 mil unidades.
Para o campo 2 As vendas da Syngenta para a América Latina tiveram crescimento real de 7% em 2013, impulsionado pelo Brasil. A receita total da empresa de agroquímicos avançou 3%.
Corte O lucro por ação, porém, caiu 12% no ano passado. O resultado levou a empresa a anunciar um corte de custos de US$ 1 bilhão até 2018. No ano passado, eles subiram com maiores despesas no negócio de sementes.
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Balança comercial de petróleo deve melhorar
Editoria de arte/Folhapress |
O deficit da balança comercial de petróleo e derivados deve cair em 2014. A estimativa é da consultoria LCA, que prevê alta de 8% na produção de petróleo neste ano.
Com isso, a exportação de óleo bruto deve subir 28%, para US$ 16,5 bilhões, e a importação, cair 20%, para US$ 12,8 bilhões, segundo Rodrigo Nishida, da LCA.
Assim, o saldo da balança de petróleo ficaria positivo em US$ 3,7 bilhões, ante deficit de US$ 3 bilhões em 2013.
Já no caso dos derivados, o deficit deve aumentar de US$ 9,5 bilhões em 2013 para US$ 10,9 bilhões, graças ao maior consumo e à capacidade limitada de refino no país.
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Em alta
Seca faz preço do café disparar no país
O preço do café teve forte alta ontem nas praças de negociação do país. Segundo a Folha, a saca de café foi comercializada, em média, a R$ 340, com aumento de 5% no dia. Seca nas principais regiões produtoras, em especial Minas Gerais e São Paulo, justifica o aumento nos preços da commodity.