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Jornada menor sinaliza que emprego não deve crescer nos próximos meses, diz IBGE

Veículo: Folha de S.Paulo

Seção: Mercado

Fonte: Pedro Soares

Cidade: Rio de Janeiro

 

A piora generalizada do mercado de trabalho industrial em agosto, com queda da renda e do emprego na maioria dos setores e regiões pesquisados pelo IBGE, tende a se repetir nos próximos meses diante de um cenário de produção fabril estagnada e com poucos setores com expansão da atividade produtiva.

 
Os baixos níveis de confiança de empresários e o recuo do número de horas pagas aos trabalhadores da indústria sinalizam que novas contratações não devem ocorrer, avalia André Macedo, gerente da pesquisa de emprego na indústria do IBGE.
 
Indicador que antecede a criação de novas vagas, o total de horas pagas caiu 0,7% entre julho e agosto. Foi a quarta taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde abril de 2012 (-0,8%).
 
Antes de abrirem postos de trabalho, as empresas ampliam, primeiro, a jornada de seus trabalhadores, pagando horas extras ou lançando mão do banco de horas para fazer frente ao aumento da produção.
 
Diante dos elevados custos de contratação, os empresários só abrem novos postos quando sentem uma recuperação mais firme da economia e da demanda por seus produtos --o que não ocorre agora.
 
Na comparação com julho de 2012, as horas trabalhadas na indústria caíram 1,4%, terceiro resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde fevereiro. O recuo foi geral, com taxas negativas em 11 dos 14 locais e em 12 dos 18 ramos pesquisados.
 
INDÚSTRIA
 
Sobre a retração do emprego, Macedo afirma que a produção da indústria neste ano acumula uma pequena alta, mas baseada em poucos setores e em ramos que geram proporcionalmente menos vagas, como bens de capital (caminhões e máquinas agrícolas especialmente e veículos).
 
Já segmentos que geram mais postos de trabalho como alimentos, vestuário e calçados, diz, produzem num ritmo menor, com impacto no emprego industrial como um todo. De julho para agosto, o número de trabalhadores da indústria caiu 0,6% de julho para agosto, a quarta queda consecutiva e maior desde abril de 2009.


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