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Credores são a favor do plano de recuperação

Veículo: Jornal de Santa Catarina

Seção: Economia

Fonte: Tatiana Santos

 

Administrador pretende entregar a ata da reunião à Justiça até amanhã

 

O administrador judicial da Teka, Anderson Socreppa, deve entregar à Justiça até amanhã a ata da assembleia que aprovou o plano de recuperação da empresa. A reunião ocorreu ontem, no auditório do Grande Hotel. A decisão foi tomada quase um ano depois do pedido de recuperação da indústria que, à época, tinha uma dívida de R$ 458,7 milhões.

 
Dos 1.440 votantes, 1.096 disseram sim à proposta apresentada, ou seja, pouco mais de 76%. Um total de 1.321 trabalhadores participaram da votação, dos quais 74,72% foram a favor. Agora, cabe ao juiz Osmar Tomazoni, da 2ª Vara Cível, decidir se concorda ou não com o plano.
 
– O poder Judiciário, com base na ata e com todos os elementos que estão no processo, depois de ouvida a opinião do Ministério Público, fará um juízo de valor sobre o que é proposto – explicou Socreppa.
 
A empresa pretende vender o imóvel de Blumenau por, no mínimo, R$ 69,3 milhões. Com o valor, serão quitadas pendências como a de R$ 19 milhões junto à Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc) e a de R$ 30 milhões com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do governo federal.
 
Indústria planeja pagamento a funcionários e venda de imóveis
 
Em relação ao trabalhadores, os vencimentos em atraso, limitados a, no máximo, cinco salários mínimos, seriam pagos em até 30 dias, contados da homologação da decisão judicial. Além do imóvel em Blumenau, os prédios em Indaial e Mogi Mirim (SP) serão vendidos, mas as unidades continuarão funcionando.
 
Sérgio Stuepp, que trabalhou 19 anos na empresa e há um foi demitido, foi votar na assembleia de ontem. Para ele, que ainda não recebeu o valor da rescisão e não tem o Fundo de Garantia depositado desde 2008, a decisão pode atrasar ainda mais os pagamentos:
 
– Vai ser difícil receber alguma coisa. Não acredito que a empresa vá melhorar, pois há 10 anos ela não trata nem fornecedor nem empregado de uma forma correta.
 
Para Florentino Lunelli, que embora aposentado ainda trabalha na tecelagem, é preciso esperar:
 
– Concordo que o melhor é não fechar a empresa.
 
A assembleia já havia sido convocada outras duas vezes, em 25 de junho e 27 de agosto, mas foi suspensa a pedido dos credores. Ontem, havia ainda a possibilidade de pedir a falência da indústria.
 
O Santa tentou contato com o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial (Sintrafite), mas a presidente Vivian Bertoldi não atendeu as ligações.


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