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Planalto espera maior PIB do governo Dilma em 2013

Veículo: VEJA

Seção: Economia

 

Fonte do governo afirma a jornal que as expectativas do mercado estão 'muito pessimistas' e abaixo do potencial real de crescimento do país

 

A equipe econômica da presidente Dilma Rousseff espera que o país tenha, em 2013, o maior crescimento econômico desde que a petista assumiu o poder, em 2011. É o que afirma uma graduada fonte do governo ao jornal O Estado de S. Paulo. Dados à disposição do governo mostram "chance real" de alta no Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, na contramão do que prevê a maior parte dos analistas do setor privado. "Não está dado que o resultado do PIB entre julho e setembro vai ser negativo", disse a fonte.

 
O governo avalia que o mercado está subestimando o crescimento do PIB do país, num movimento contrário ao que aconteceu no ano passado, quando os economistas fizeram projeções ao longo dos trimestres sempre acima do efetivamente registrado. Segundo a fonte, nesse quadro, os analistas têm divulgado previsões mais pessimistas que as elaboradas por eles mesmos.
 
"Estamos mais próximos de repetir em 2013 o avanço de 2,7% do que algo próximo ao que o mercado imagina", disse a fonte em referência ao PIB registrado no primeiro ano da gestão da presidente Dilma Rousseff.
 
Depois de crescer 2,7% em 2011, a economia cresceu apenas 0,9% no ano passado. A fonte ressalta que a alta do PIB em 2013 seria de 2,5%, mesmo se no terceiro e quarto trimestres o resultado fosse zero. Segundo a fonte, o Brasil tem potencial de crescimento "muito superior" a 2%, que é o patamar indicado por muitos economistas como sendo o limite de avanço da economia sem causar inflação.
 
Na avaliação da equipe econômica, as frentes de crescimento do PIB estão sustentadas no aumento do consumo, na política de crédito dos bancos privados, no aumento das vendas de eletrodomésticos e na recuperação da indústria extrativa mineral, que ainda não deu sua contribuição para o PIB. No caso dos bancos privados, o entendimento do governo é de que, com a melhora do PIB, da inadimplência e dos indicadores de confiança do empresário e consumidor, as instituições financeiras já começaram a rever seus modelos de empréstimo. Além disso, investimento e agricultura devem continuar impulsionando a economia.
 
Do quarto trimestre para frente, a expectativa é de que o setor de serviços dê uma contribuição maior e que, principalmente, o país seja contagiado pelo desempenho favorável das concessões. Entre 18 de setembro - quando as primeiras rodovias serão leiloadas ao setor privado - e novembro, o governo vai conceder à iniciativa privada o bloco de petróleo do campo de Libra, os Aeroportos de Galeão (RJ) e Confins (MG) e estradas. "O início de 2014 será mais interessante do que foi o começo dos dois últimos anos", aposta o economista do governo.
 
Embalo — A área econômica avalia ainda que o primeiro trimestre do ano que vem será embalado pela consolidação do processo de retomada da confiança da economia. Além de contar com o sucesso das concessões e de um bom resultado do PIB ao final de 2013, o governo avalia que o impacto da alta do dólar na economia será diluído ao longo do tempo, sem prejuízo para o processo de controle da inflação. Hipóteses de inflação rondando patamares elevados não são consideradas críveis pela equipe econômica."A economia está funcionando muito bem, reduzindo estoque e com desemprego caindo", afirmou. 

 



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