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Commodities Agrícolas - 02//09/2013

Veículo: Valor Econômico

Seção: Agronegócios

 

Influência do câmbio O comportamento do câmbio voltou a influenciar as negociações do açúcar demerara na bolsa de Nova York na sexta-feira. O dólar iniciou o pregão desvalorizado em relação ao real, mas foi ganhando força no decorrer do dia, o que pressionou as cotações. Os contratos para março fecharam em ligeira queda de 1 ponto, cotados a 16,88 centavos de dólar por libra-peso. O dólar mais firme em relação à moeda brasileira estimula as vendas por parte dos produtores brasileiros (maiores fornecedores mundiais de açúcar), na medida em que cresce a rentabilidade das exportações. A colheita abundante de cana esperada no Brasil contribui para que os preços cedam. No mercado doméstico, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos do açúcar cristal ficou estável, em R$ 43,99.

 

Clima não ameaça Os preços do suco de laranja na bolsa de Nova York sentiram o peso do dólar valorizado ante o real. Os contratos para novembro fecharam em baixa de 85 pontos na sexta-feira, a US$ 1,3735 por libra-peso. O Brasil é o maior fornecedor mundial de laranja, e o dólar mais firme estimula as vendas dos produtores do país, porque cresce a rentabilidade das exportações. A ausência de ameaças do clima na Flórida (que detém o segundo maior pomar de citros do mundo) colaborou para puxar os preços para baixo. No momento, há dois eventos no Atlântico com chances de se transformar em um ciclone tropical, mas ambos permanecem distantes da Flórida. No mercado spot de São Paulo, a caixa de 40,8 quilos da laranja destinada à indústria permaneceu em R$ 7,06, segundo o Cepea/Esalq.

 

Piso em 3 semanas O cacau recuou na sexta-feira ao menor valor em mais de três semanas na bolsa de Nova York, tendo em vista a opção dos traders em liquidar as apostas de que os preços iriam subir, em uma postura de cautela antes do fim de semana. Os contratos para dezembro encerraram em queda de US$ 43, a US$ 2.436 por tonelada. Em agosto, a cotação cacau avançou quase 8% devido às preocupações com a escassez de chuvas no oeste da África, onde estão os principais produtores mundiais da commodity. No entanto, há previsão de chuvas nos próximos dias para a região, o que aliviou os temores de que a próxima colheita africana (que tem início em outubro) seja menor que o esperado. Em Ilhéus e Itabuna (BA), o preço médio da arroba ficou em R$ 88, segundo a Central Nacional de Produtores de Cacau.

 

Volta da demanda O algodão chegou ao menor patamar em 12 semanas na sessão passada em Nova York, mas se recuperou antes do fechamento. Os lotes para dezembro encerraram a sexta-feira em alta de 25 pontos, a 83,49 centavos de dólar por libra-peso, impulsionados pela volta do interesse de compra da pluma. A alta foi encarada como um movimento de consolidação, depois do recuo de quase 10% na semana anterior, em meio ao enfraquecimento da demanda. Porém, o clima quente e seco nas regiões produtoras americanas tende a favorecer o desenvolvimento das lavouras esta semana e trazer de volta uma maior pressão sobre os preços. No oeste da Bahia, a pluma foi negociada a R$ 69,44 por arroba, de acordo com a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).



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