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Brasileiro quer ajudar nações mais pobres

 

Veículo: Jornal de Santa Catarina
Seção: Economia
 
GENEBRA - O brasileiro Roberto Azevêdo foi eleito oficialmente ontem para dirigir a Organização Mundial de Comércio (OMC), onde terá como principal desafio relançar as negociações da Rodada Doha para liberalizar o comércio e ajudar o desenvolvimento das nações mais pobres.
 
Na primeira coletiva de imprensa após a nomeação, Azevêdo afirmou que o Conselho Plenário da OMC “oferece uma oportunidade para dar os primeiros passos para salvar o sistema”:
 
– Hoje não se trata de ter o que queremos, e sim salvar o que temos – alertou, na esperança de que “o paciente ainda tenha seu coração batendo” quando assumir seu mandato em setembro.
 
O diplomata brasileiro, de 55 anos, representante do Brasil na OMC desde 2008, competiu com o mexicano Herminio Blanco, de 62 anos. Segundo o presidente do grupo encarregado da seleção, o embaixador paquistanês Shahid Bashir, Azevêdo esteve na liderança em todas as etapas. A OMC anunciará formalmente a nomeação do primeiro latino-americano para a direção da instituição a partir de 1º de setembro, em substituição ao francês Pascal Lamy, na próxima semana, em uma reunião do Conselho Plenário que reúne os 159 Estados membros da OMC.
 
Novo diretor diz que vai combater protecionismo
 
Azevêdo, um experimente negociador e formador de consensos na OMC, prometeu lutar contra o protecionismo, que se estende no mundo:
 
– O protecionismo é generalizado, não se trata de dois ou três membros da OMC. Temos de estar vigilantes.
 
O brasileiro também já havia se comprometido a tentar destravar a Rodada Doha, iniciada no Qatar em 2001 e paralisada desde 2008, com o objetivo de abrir os mercados e remover barreiras comerciais como subsídios, taxas excessivas e regulações para estimular o desenvolvimento nos Estados membros mais pobres. Para isso, é necessário que tantos os países emergentes como desenvolvidos, em particular China, União Europeia, Índia e os Estados Unidos, façam concessões, principalmente, na agricultura e na indústria.


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