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Missão vai à China pedir liberação de transgênico

 

 
Veículo: Valor Econômico
Seção: Empresas
 
Por Tarso Veloso | De Brasília
 
Com a justificativa de reduzir os prejuízos causados pela lagarta Helicoverpa armigera às culturas de soja, algodão e milho no país, uma missão de produtores brasileiros liderada pela Aprosoja, que representa sojicultores, vai à China tentar convencer o país a liberar a importação de novas tecnologias de sementes transgênicas resistentes à praga.
 
O foco principal da missão é o aval chinês para a tecnologia RR2, desenvolvida pela americana Monsanto, que confere à soja tolerância ao herbicida glifosato e à lagartas. Segundo a empresa, a produtividade da semente também é superior. Apesar da ânsia dos produtores, a múlti não terá um grande volume de sementes a ofertar na safra 2013/14, disse Geraldo Berger, diretor de regulamentação da Monsanto Brasil,.
 
"Com a seca na Bahia e as chuvas em Mato Grosso, a média de produção de sementes será menor. Teremos um volume suficiente para cultivar entre 500 mil e 1 milhão de hectares", disse Berger. A soja RR2 já está aprovada no Brasil desde agosto de 2010 e em mais 12 países, além de ter sido liberada na União Europeia.
 
Em todo o país, a Helicoverpa armigera já custou cerca de R$ 2 bilhões aos agricultores, entre gastos com defensivos e perdas de produtividade, como lembrou a Aprosoja. Segundo a entidade, mais de 35% da safra de soja da Bahia sofreu perdas devido ao ataque da lagarta.
 
Os produtores vinham reclamando que o governo não estava conseguindo autorizar a importação de agrotóxicos para combater a praga, mas ontem foi aprovada a entrada no país de agrotóxicos registrados em outros países que tenham como ingrediente ativo único a substância benzoato de emamectina. O sinal verde, concedido em caráter emergencial após negociações entre os Ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente, foi publicada ontem no Diário Oficial da União.
 
Os produtores alegam que, apesar da liberação do agrotóxico, é importante existir um mix de prevenção. "Temos que ter refúgio, defensivo e biotecnologia. Se não, a praga se adapta", afirma Glauber Silveira, presidente da Aprosoja.
 
Para algodão e milho também há novas alternativas. A Syngenta lançou uma nova tecnologia para o milho no ciclo 2011/12, e a Monsanto começará a vender outra para algodão em 2013/14. (Colaborou Mariana Caetano, de São Paulo)
 


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