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Indústria têxtil projeta crescimento de até 2% em 2013

O setor têxtil e de confecção prevê estabilidade ou avanço de até 2% na produção em 2013, segundo a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). "Com um PIB a 3% e a maturação das medidas do governo, o setor têxtil deverá ter um 2013 melhor do que o ano que passou", avalia o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, referindo-se a incentivos como a desoneração de folha, a redução do custo da energia e o fim da Guerra dos Portos.

Em 2012, a indústria têxtil registrou queda de produção de 4,6%, de janeiro a novembro, e a de confecção sofreu baixa de 10,5% no mesmo período. Isto, diante de um varejo que cresceu 3,4% em vendas, o que pode ser explicado pelo avanço de 19,6% na importação de vestuário. No ano, a entidade calcula que a indústria tenha perdido 130 mil postos de trabalho, embora tenha realizado investimentos da ordem de US$ 2,2 bilhões.

Para este ano, a Abit calcula avanço de 4% no volume de vendas do varejo e projeta que o setor têxtil e de confecção deve faturar US$ 53 bilhões, abaixo dos US$ 56,7 bilhões estimados para 2012. Caso se confirme, o resultado consolida uma trajetória de queda para o setor, que em 2011 havia faturado US$ 67 bilhões. "Em 2011 houve um pico no preço do algodão que deixou impactos em 2012", afirma o presidente da entidade.

Em 2013, de acordo com Diniz, a queda no faturamento em dólar se explica pelo fato de a indústria não ter a intenção de corrigir preços na mesma medida que o avanço da inflação. "O setor tem sido âncora de inflação e não há expectativa de aumento de preços", diz.

O déficit do setor também deve se aprofundar no ano, pelos cálculos da Abit. Superavitário até o ano de 2005, o segmento têxtil e de confecções registrou déficit de US$ 4,7 bilhões em 2011, que elevou-se para US$ 5,3 bilhões em 2012, e pode chegar a US$ 5,8 bilhões este ano. Somente as importações de vestuário somaram US$ 1,7 bilhão em 2011, US$ 2,1 bilhões no ano passado e podem chegar a US$ 2,7 bilhões em 2013.

Para reverter este quadro, a Abit aguarda abertura de investigações para o pedido de salvaguarda protocolado junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) em agosto. A entidade também realiza estudo para propor ao governo a redução da tributação federal sobre o setor, de 18% para até 5%.

FONTE: DCI



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