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Demanda “é o último dos problemas brasileiros”, diz Schwartsman

Veículo: Valor Econômico

Seção: Brasil

Por Arícia Martins | Valor

O resultado do varejo em novembro reforça a análise de que a queda de 1,2% das vendas no segmento ampliado em relação a outubro, feitos os ajustes sazonais, foi influenciada pela fraqueza do setor de veículos, enquanto outros ramos de atividade varejista continuam fortes, avalia Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central (BC) e hoje sócio de consultoria que leva seu nome. No varejo restrito, que não inclui automóveis e material de construção, houve alta de 0,3% na passagem mensal da Pesquisa Mensal do Comércio, de acordo com divulgação de hoje do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Claudio Belli/Valor / Claudio Belli/ValorPara Schwartsman, benefício do IPI para carros novos tem melhor desempenho nos meses inciais da medida

“Portanto, as vendas do varejo restrito devem registrar o 16º trimestre consecutivo de expansão, indicando que o consumo das famílias é o último dos problemas brasileiros”, escreve o economista em relatório. Segundo ele, o recuo mensal nas vendas do setor ampliado já era esperado, dado que o impulso para o consumo de carros está se esgotando. “A redução temporária de preços funciona criando um incentivo para que consumidores antecipem compras e, assim, não pode sustentar as vendas de carros indefinidamente”, diz Schwartsman.

O ex-diretor do BC afirma que o impacto do incentivo fiscal tende a ser maior no início da vigência do desconto, que começou em meados de maio, e depois vai perdendo força, já que boa parte do consumo já foi antecipada. Após o pico observado no terceiro trimestre, portanto, a extensão do IPI reduzido não deve trazer  fôlego adicional às vendas de carros nos últimos três meses do ano, de acordo com o analista.

O varejo restrito, por outro lado, cresceu 1,5% no trimestre encerrado em novembro, nota Schwartsman, reforçando a ideia de que a demanda das famílias segue forte. “Isso vale particularmente para os segmentos ligados à renda (como supermercados, vestuário e calçados, e similares), que geralmente têm resultados positivos na margem, refletindo a expansão da renda do trabalho”. O mercado de trabalho apertado, em sua visão, seguirá como fator de sustentação para esses ramos do comércio em 2013.

(Arícia Martins | Valor)


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