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Brasil e EUA terão de fazer novas consultas sobre subsídios ao algodão

Veículo: Valor Econômico

Seção: Brasil

   

Por Sergio Leo | Valor

BRASÍLIA - A aprovação pelo Congresso americano da extensão, até setembro, da Lei Agrícola dos Estados Unidos obrigará os governos dos EUA e do Brasil a uma rodada de consultas. Segundo o embaixador brasileiro em Genebra, Roberto Azevedo, o ato forçará os governos a decidir como ficará o acordo bilateral sobre os subsídios ilegais ao algodão naquele país.

Enquanto não há decisão, continua valendo o acordo que prevê pagamento de US$ 143 milhões anuais pelos EUA aos produtores de algodão brasileiro, como compensação pela concorrência desleal.

Azevedo informou que em dezembro os dois governos discutiram o futuro do acordo do algodão, que previa esforços dos americanos para acabar com os subsídios aos produtores, previstos na Lei Agrícola e condenados pela Organização Mundial do Comércio. Na expectativa de que a lei fosse estendida até março, como parte das negociações para evitar o chamado “abismo fiscal” (aplicação automática, prevista em lei, de cortes de imposto e de gastos pelo governo americano), decidiram manter os termos do acordo, firmado no ano passado, que previu mudanças nos mecanismos de apoio aos produtos nos EUA e a compensação monetária aos produtores brasileiros.

"Naquela mesma reunião expressamos a preocupação de que a prorrogação indefinida seria difícil de aceitarmos, se não houvesse um engajamento novo", relatou Azevedo, que pediu aos americanos sinais de que o governo dos EUA se movimentará em direção ao fim dos subsídios. O acordo bilateral deveria valer até a votação de uma sucessora da Lei Agrícola. Com a extensão, o acordo continua valendo, mas haverá consultas para evitar prejuízos aos produtores brasileiros, disse Azevedo.

Com o lançamento da candidatura de Azevedo à direção-geral da Organização Mundial do Comércio, as negociações desse tema serão, a partir de agora, comandadas pelo chefe do Departamento Econômico do Itamaraty, Paulo Estivalet de Mesquita.

Carne

Azevedo comentou também as barreiras criadas às exportações de carne brasileira, devido à descoberta de um caso de vaca louca no Paraná. O Brasil fez reuniões entre técnicos do Ministério da Agricultura e delegações de países interessados, na OMC, em Genebra, em dezembro, para pedir a retirada das barreiras e a suspensão de processos para levantamento de novas restrições à compra de carne brasileira. Por enquanto, não há instruções para abrir uma disputa na OMC contra os países que barraram a carne, disse Azevedo.


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http://www.valor.com.br/brasil/2965580/brasil-e-eua-terao-de-fazer-novas-consultas-sobre-subsidios-ao-algodao#ixzz2I4HnR4X2
 



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