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Austin Rating vê em dados da PIM recuperação consistente da indústria

Veículo: O Estado de S. Paulo
Seção: Economia

De acordo com economista da agência, retomada não é efêmera, embora seja gradual; ‘no setor externo, a recuperação é lenta, e ainda com risco de agravamento’.

SÃO PAULO - A melhora da produção industrial em setembro ante outubro foi vista pela Austin Rating como uma tendência que deve, pouco a pouco, ganhar força nos próximos meses. "É uma recuperação consistente, não apenas momentânea, mas também é gradual. Mesmo com a demanda doméstica ainda aquecida, quando se olha para o setor externo, a recuperação é lenta, e ainda com risco de agravamento", afirmou o economista Felipe Queiroz.

Segundo o IBGE, a produção industrial em outubro avançou 0,9% ante setembro, em linha com a projeção da Austin. Em setembro o indicador havia registrado recuo de 1% na margem. Em relação a outubro de 2011, houve aumento de 2,3%, enquanto em setembro em relação ao mesmo mês de 2011 houve queda de 3,8%. Até outubro, a indústria tem retração de 2,9% e em 12 meses, de 2,7%.

A avaliação mais otimista da instituição a partir do que mostrou a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), referente a outubro, se ampara principalmente na sinalização dos números em 12 meses. Conforme destacou Queiroz, os dados indicam que o fundo do poço da indústria já passou. "Desde outubro de 2010, quando havia apresentado alta em 12 meses de 11,8%, a indústria só vinha piorando. Agora, esta curva acaba de inverter e apresentar leve melhora", observou o economista, lembrando que até setembro a retração era de 3,05% e agora passou a 2,7%. "Com isso, acreditamos em melhora no nível de produção no último trimestre", disse.

A despeito da base de comparação fraca e do efeito calendário terem favorecido o desempenho dos números da indústria de outubro, Queiroz acredita que, de agora em diante, a indústria deverá captar melhor os estímulos à atividade implementados pelo governo, sobretudo o câmbio mais depreciado "A indústria perdia concorrência tanto no mercado externo quanto no mercado local, um exemplo claro é a indústria têxtil, que já está menos pior", disse. Segundo o economista, o setor, que tinha queda de 14,9% em 12 meses até dezembro de 2011, em outubro acumula retração de 6,40%. "Houve uma melhora sobretudo por causa do câmbio, uma vez que a concorrência dos produtos chineses estava acabando com a indústria têxtil", afirmou.

Para o final de 2012, a expectativa da Austin é que a indústria encerre com queda acumulada em 2,6%, pouco menor que a de 2,9% registrada no ano até outubro.
 



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