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País não vai atingir meta de exportação

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Alessandro Teixeira, admitiu que, devido à demora na recuperação da economia mundial, o Brasil não conseguirá atingir a meta de exportação prevista para este ano, de US$ 264 bilhões. Sem adiantar a nova meta, Teixeira disse que o governo trabalha para, pelo menos, manter o patamar registrado no ano passado, de cerca de US$ 256 bilhões.

O secretário disse que o cenário atual é de preocupação. O minério de ferro, que teve fraco desempenho no comércio mundial, foi responsável por quase metade da queda do total exportado em agosto. Caíram as vendas do produto para mercados importantes, como a China e o Japão.

- Não adianta apenas o governo tomar medidas. A melhora nas exportações não depende só de nós. Estamos fazendo um esforço para mantermos o patamar anterior - disse o secretário-executivo, após anunciar os números da balança comercial brasileira.

Em agosto, a balança registrou US$ 22,382 bilhões em exportações, valor 14,4% inferior ao apurado no mesmo mês de 2011. Também houve queda das importações, de 14%, que atingiram US$ 19,155 bilhões. Com isso, o saldo comercial foi positivo em US$ 3,227 bilhões, o mais elevado do ano, segundo destacou a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.

No ano, a balança acumula superávit de US$ 13,172 bilhões, queda de 34,1% ante mesmo período de 2011. O total das vendas externas no período de janeiro a agosto foi de US$ 160,599 bilhões e das compras, US$ 147,427 bilhões.

China se manteve como principal destino

 

De acordo com Tatiana Prazeres, no mês passado as exportações de minério de ferro tiveram um decréscimo de 38% em relação a agosto de 2011, sendo 27,3% em preço e 15% em quantidade. Por outro lado, as vendas externas de milho subiram 60% e, de farelo de soja, 48,8%.

Ainda segundo o Mdic, houve redução nas três categorias de produtos exportados: básicos (15,5%), manufaturados (8,6%) e semimanufaturados (23,6%). As maiores quedas ocorreram com ferro fundido, alumínio em bruto, celulose, minério de ferro, soja em grão, carne de frango, automóveis e autopeças.

Em ordem decrescente, os cinco maiores compradores de produtos brasileiros em agosto foram China (US$ 4,041 bilhões), Estados Unidos (US$ 2,483 bilhões), Argentina (US$ 1,660 bilhão), Países Baixos (US$ 1,434 bilhão) e Japão (US$ 660 milhões).

Assim como as exportações, os gastos no exterior caíram para todas as categorias de produtos: combustíveis e lubrificantes (48,9%), bens de capital (9,4%), matérias-primas e intermediários (7,4) e bens de consumo (5,8%).

FONTE: O GLOBO.



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