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Emprego industrial cai 0,2% em junho, diz IBGE

Veículo: Valor Econômico
Seção: Brasil


RIO - O total de pessoal ocupado na indústria brasileira diminuiu 0,2% em junho na comparação com maio, na série com ajustes sazonais, informou a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. É o quarto resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, segundo o instituto.

Já na comparação com junho do ano passado, houve queda de 1,8%, o mais forte, nesta comparação, desde o ano do período mais agudo da crise global, em dezembro de 2009 (- 2,4%).

Com o resultado do mês, o indicador acumula queda de 1,2% em 2012 e baixa de 0,6% no acumulado dos últimos 12 meses terminados em junho.

Houve recuo em 12 dos 14 locais que integram a pesquisa, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com o instituto, o cenário também não foi positivo sob o ponto de vista dos setores: o número de horas pagas caiu em 15 dos 18 ramos investigados pelo IBGE na pesquisa, na mesma base de comparação.

A Pimes mostrou que o número de horas pagas na indústria caiu 0,3% em junho na comparação com maio, descontando-se os efeitos sazonais. Na comparação com igual mês de 2011, as horas pagas recuaram 2,6%, enquanto o acumulado do ano apontou para uma baixa de 1,9%.  No acumulado em 12 meses, o número de horas pagas caiu 1,4%.

Na contramão de outros indicadores da indústria, que mostram sinais negativos, a folha de pagamento real dos trabalhadores do setor mostrou saldo positivo em junho, com expansão em todos os 14 locais investigados. O IBGE observou que a folha de pagamento real teve alta de 2,5% na passagem de maio para junho, já descontando os efeitos sazonais.

São Paulo

Segundo o instituto, nesta comparação, o principal impacto negativo ficou com São Paulo, maior parque industrial do paísque mostrou recuo de 3,5% no emprego industrial, em junho ante junho do ano passado.

Ainda em São Paulo houve retração no número de vagas em quatorze dos dezoito setores investigados, em junho ante junho do ano passado. Os destaques negativos ficaram por conta das reduções no total do pessoal ocupado nas indústrias de produtos de metal (-14,7%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,2%), metalurgia básica (-16,9%), meios de transporte (-4,2%), vestuário (-8,7%) e têxtil (-8,2%).

São Paulo também mostrou recuo de 4,4% no número de horas pagas em junho ante junho do ano passado. Foi a principal influência para a formação da queda de 2,6% no total de horas pagas na indústria no país, em junho ante igual mês no ano passado.

No Estado, houve retração no número de horas pagas nas indústrias de produtos de metal (-13,8%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-10,5%), meios de transporte (-6,6%), metalurgia básica (-19,5%), vestuário (-10,2%), têxtil (-4,9%), borracha e plástico (-3,6%) e papel e gráfica (-4%).

Por regiões

Outros locais que também mostraram queda no emprego industrial, e ajudaram a manter em baixa o emprego industrial no país, foram a Região Nordeste (-2,7%), o Rio Grande do Sul (-2,6%), Santa Catarina (-1,4%), Bahia (-4,0%) e Ceará (-3,2%), em junho ante junho do ano passado.

Alta da folha de pagamento

Em relação a junho de 2011, a folha de pagamento real subiu 3,7%, enquanto no acumulado do ano o indicador avançou 3,8%. No acumulado em 12 meses, o índice subiu 3,5%.

As maiores influências sobre o total nacional foram verificadas em São Paulo (2,7%), Minas Gerais (7,3%) e Paraná (7,9%). O órgão também citou avanços no Rio de Janeiro (5,4%), Região Nordeste (3,5%), Região Norte e Centro-Oeste (3,0%) e Rio Grande do Sul (2,7%).

Ainda segundo o instituto, na análise por setores, a folha de pagamento na indústria cresceu em onze dos dezoito setores investigados em junho, ante igual mês em 2011. Os destaques positivos no número de horas pagas da indústria foram registrados em meios de transporte (10,1%), máquinas e equipamentos (6,7%), alimentos e bebidas (3,3%), indústrias extrativas (9,2%), produtos químicos (5,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (5,0%), minerais não metálicos (3,6%) e borracha e plástico (1,8%).

(Alessandra Saraiva | Valor)

 




 



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