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Inflação oficial pelo IPCA sobe para 0,43% em julho, mostra IBGE

Veículo: Valor Econômico
Seção: Brasil


RIO - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu para 0,43% em julho, após alta de 0,08% em junho, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em igual mês do ano passado, o índice foi de 0,16%.

O resultado ficou acima da média das previsões realizadas por 11 instituições consultadas pelo Valor Data, que apontava elevação de 0,39% no IPCA em julho. As previsões variam de 0,36% a 0,45%.

No acumulado do ano, o indicador oficial de inflação avançou 2,76%. Em igual período do ano passado, a inflação medida pelo IPCA havia ficado em 4,04%.

O grupo alimentação e bebidas foi o responsável pela aceleração da inflação em julho, porque passou de alta de 0,68% em junho para avanço de 0,91% em julho. O grupo contribuiu com 0,21 ponto percentual para a formação do IPCA divulgado hoje.

O IPCA é considerado o indicador oficial de inflação do país, porque é usado para balizar as metas de inflação perseguidas pelo Banco Central. O centro da meta para 2012 é de inflação de 4,5%.

Nos 12 meses encerrados em julho, a inflação medida pelo IPCA ficou em 5,2%, acima dos 4,92% relativos aos doze meses imediatamente anteriores, "invertendo o movimento decrescente que vinha sendo observado desde setembro de 2011", segundo o IBGE.

Os nove grupos que compõem o IPCA apresentaram as seguintes variações em julho frente a junho: alimentação e bebidas (0,91%), habitação (0,54%), artigos de residência (-0,01%), vestuário (0,04%), transportes (-0,03%), saúde e cuidados pessoais (0,36%), despesas pessoais (0,91%), educação (0,12%) e comunicações (0,15%).

Tomate pressiona

De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, a principal alta entre os alimentos foi a do tomate, cujos preços subiram 50,33% em julho, depois de ter avançado 11,45% em junho.

Na passagem de junho para julho, destaque também para a cenoura, que encareceu 17,81% em julho, ante 5,8% no mês anterior. Altas representativas, em julho, também foram verificadas pelo IBGE no alho (12,27%), no feijão preto (6,12%), nas hortaliças (4,68%) e no feijão mulatinho (4,38%).

Outra classe de despesa que ajudou a acelerar a inflação entre junho e julho foi habitação. Nesse período, o grupo passou de uma alta de 0,28% para 0,54%, contribuindo com 0,08 ponto percentual no IPCA de julho. No mês passado, o aluguel residencial teve alta de 1,16% ante 0,68% em junho.

O grupo despesas pessoais subiu 0,91% em julho, depois de 0,47% em junho. O grupo contribuiu com 0,09 ponto percentual para o IPCA de julho.

Inflação para a baixa renda

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) subiu 0,43% em julho frente a junho (0,26%). Considerando os últimos 12 meses, o indicador ficou acumulou variação de 5,36% e, no ano, 3%.

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979 e mede a inflação percebida pelas famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além de Brasília e do município de Goiânia.


(Diogo Martins|Valor)

 



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