Notícias

Commodities Agrícolas - algodão registra terceira queda consecutiva

Demanda fraca O algodão registrou a terceira queda consecutiva na bolsa de Nova York, em um dia marcado por vendas técnicas. Os contratos com vencimento em dezembro caíram 152 pontos ontem, a 69,51 centavos de dólar por libra-peso. O mercado da fibra luta contra o excesso de oferta, em um cenário de fraca demanda ao redor do mundo. "A produção neste ano deve ficar abaixo da safra anterior, mas quando se combina esse volume com os estoques, temos um número extremamente elevado", disse Sharon Johnson, analista da Knight Futures, à agência Dow Jones Newswires. No mercado doméstico, a cotação da arroba em Campo Novo do Parecis (MT) ficou a R$ 47,80, de acordo com um levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Amarrado ao milho O trigo recebeu suporte dos preços do milho e voltou a subir na bolsa de Chicago, após duas quedas consecutivas. Os contratos para dezembro avançaram 26,75 centavos, a US$ 9,15 por bushel. Em Kansas, onde se negocia o cereal de melhor qualidade, os papéis para o mesmo mês fecharam em alta de 24,75 centavos, a US$ 9,2275 por bushel. Analistas acreditam que o trigo está supervalorizado por estar na esteira do milho, já que a alta do grão poderia estimular a demanda do cereal para ração. "O trigo é a commodity com maior sobrepreço atualmente", disse à Dow Jones Newswires o corretor Tom Leffler, da Leffler Commodities. No mercado interno, a saca de 60 quilos no Paraná ficou em R$ 28,07, alta de 0,04%, segundo levantamento do Departamento de Economia Rural.

Impulso do clima A volta do clima desfavorável nos Estados Unidos ao foco dos traders e a queda do dólar sustentaram o milho na bolsa de Chicago. Os papéis para dezembro subiram 9,75 centavos, a US$ 7,88 por bushel. As possibilidades de as lavouras do grão recuperarem o potencial de rendimento são limitadas, após semanas de estiagem e calor no cinturão de produção americano. Contudo, analistas acreditam que os ganhos possam ser limitados por preocupações com a desaceleração da demanda, em função dos preços elevados. Tanto a produção por etanol quanto as vendas líquidas de milho recuaram nas últimas semanas nos EUA. No mercado interno, a saca de 60 quilos no oeste da Bahia ficou a R$ 24,50, segundo a Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

Nova disparada A calmaria no mercado financeiro e a queda do dólar favoreceram uma nova alta da soja em Chicago, após dois pregões seguidos de fortes quedas, em função de realizações de lucros. Os contratos para setembro avançaram 45 centavos ontem, a US$ 16,4050 por bushel. Os fundamentos falaram mais alto, e o temor com o tempo quente e seco nos Estados Unidos ajudou a impulsionar a oleaginosa. "Há previsão de chuvas até domingo, concentradas nos Estados de Ohio e Indiana. Mas, no geral, as temperaturas seguirão elevadas e o volume não deve ser tão significativo a ponto de reverter os danos", diz Priscila Pereira, especialista em grãos da XP Investimentos. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq/BM&FBovespa para a saca de 60 quilos ficou estável, a R$ 84,15.

 

Veículo: Valor Econômico



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar