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Algodão cai com demanda fraca e produção maior

Cenário: Filipe Domingues.

A queda da demanda por produtos têxteis no varejo dos Estados Unidos pesou ontem nos preços do algodão na Bolsa de Nova York. Os contratos da fibra para entrega em dezembro caíram 3,07%, para 71,05 centavos de dólar por libra-peso. Segundo analistas, o motivo para o enfraquecimento do consumo de produtos de algodão é o difícil momento da economia americana. Ao contrário dos alimentos e combustíveis, peças de vestuário não são bens de primeira necessidade.

Um fator de pressão adicional é a perspectiva de ampla produção nos EUA. Enquanto na região produtora de grãos o clima seco prejudica as lavouras, nas áreas de algodão, como o Texas, as condições são favoráveis. Isso, somado a uma demanda mais fraca, deve resultar em grandes estoques. O governo americano estima que em julho do ano que vem as reservas do país totalizarão volume recorde 15,76 milhões de toneladas. Os EUA são os maiores exportadores mundiais de algodão e ocupam o segundo lugar em produção, depois da China.

A estiagem vem prejudicando o desenvolvimento das lavouras de milho e soja, o que sustenta os preços. Espera-se, nesta semana, chuvas fracas no Meio-Oeste, onde está a maioria das lavouras de grãos dos Estados Unidos. Isso fez com que os mercados fechassem perto da estabilidade, pois o momento é de cautela. Ainda assim, analistas duvidam que as chuvas sejam suficientes para acabar com a seca. Por isso, os preços não devem cair muito no curto prazo.

Veículo: O Estado de S. Paulo.
Sessão: Economia



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