Notícias

Rosa Chá estava fora do nicho da Marisol

A catarinense Marisol quer estreitar o foco no seu principal nicho de mercado, o infantil. Segundo o presidente da empresa, Giuliano Donini, essa estratégia motivou a venda da marca Rosa Chá, para a Restoque, dona da Le Lis Blanc, por R$ 10 milhões. "Não faz sentido ter uma grife para público adulto de classe A, quando 85% do negócio está no público infantil de classe média", disse.

Quando a Marisol se associou à Rosa Chá, há cinco anos, a grife detinha 12 lojas. Atualmente, eram apenas três pontos, nenhum deles adquirido pela Restoque, cujo interesse foi apenas na marca fundada pelo estilista Amir Slama. "A operação de moda praia [em que a Rosa Chá é mais famosa] estava desacelerando e nosso foco em lingerie crescendo", afirmou.

Tradicional fabricante do setor têxtil, a Marisol hoje tem mais de 300 lojas com as bandeiras Lilica & Tigor, One Store Marisol e Babysol. Segundo Donini, a operação de varejo da empresa representa cerca de 30% das suas vendas. Ele não comentou os planos da companhia daqui para frente, com a justificativa de que o fechamento de capital ainda não foi totalmente concluído. Disse apenas que a Marisol gera caixa suficiente para sustentar a sua expansão. "Não faz sentido continuar na bolsa se não acessamos o mercado".

Em 2011, a Marisol teve receita líquida de R$ 431,4 milhões, alta de 6% em relação à 2010. Com redução de despesas operacionais e ganhos extras com a venda de ativos deficitários, o lucro líquido subiu 72%, para R$ 38 milhões. Em dezembro, a dívida líquida da companhia era de R$ 44,5 milhões, metade do registrado em 2010. O patrimônio líquido era de R$ 373 milhões. (MF)

Veículo: Valor Econômico
Sessão: Empresas

 

 



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar