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Manifestação na SPFW reivindica apoio à moda
Seção: Poder
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VIVIAN WHITEMAN
PEDRO DINIZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Cerca de 20 profissionais da moda se reuniram ontem no ferro-velho onde ocorrera o desfile da grife Cavalera na São Paulo Fashion Week, a fim de reivindicar incentivos do governo federal para a moda e pedir audiência com a presidente Dilma.
"Presidenta Dilma, precisamos falar com você, a moda agradece" diziam as camisetas usadas no protesto por nomes como Alexandre Herchcovitch, Reinaldo Lourenço e Thomaz Azulay.
O grupo redigirá um manifesto sobre o futuro da moda brasileira a partir de uma reunião em 26/6 em São Paulo.
Paulo Borges, diretor da SPFW e do Fashion Rio, adiantou que o grupo se concentrará em torno de dez questões principais, como "um plano para que se possa trabalhar com todas as matérias-primas do mundo".
Além dos insumos, o texto do manifesto deve contemplar qualificação de mão de obra e políticas fiscais.
"Não há um planejamento de investimento na cadeia criativa do design. O preço do carro nunca foi tão baixo porque houve um esforço de redução de impostos. Qual é o plano para a moda?"
Dono da Cavalera, Alberto Hiar apontou a necessidade de união e ressaltou que, nesse sentido, a manifestação inicia um movimento sem precedentes. "A moda tem de levar uma proposta única, dar voz a um setor que gera muitos empregos e nunca foi ouvido pela classe política."
Nos bastidores do protesto, comentava-se a ausência não só de alguns estilistas mas também das duas organizações mais importantes do setor. A Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) e a Abest (Associação Brasileira dos Estilistas) não enviaram representantes para o ato.
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