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Províncias argentinas têm rombo fiscal de US$ 6,5 bilhões e adiam pagamentos
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Paulo Rabello de Castro
O déficit orçamentário das províncias da Argentina é um importante fator de agravamento do cenário regional e atrapalha o Brasil, cuja indústria tem vários segmentos voltados à exportação para a nossa vizinha economia. O PIB argentino, que vinha resistindo à desaceleração por conta da boa fase do agronegócio, em 2012 aponta para uma variação pouco superior a zero. Com isso, a queda da arrecadação pública, que lá depende muito do desempenho da receita do governo central de Cristina Kirchner, já apresenta recuo acentuado. Os governadores começam a cortar pagamentos a fornecedores e isso atinge, inclusive, os salários vencidos em diversas províncias. Consultorias projetam o rombo das contas provinciais, incluindo juros da dívida, em cerca de US$ 6,5 bilhões este ano.
O contágio portenho sobre a economia brasileira, especialmente na nossa região Sul, é inevitável. Este mês iniciam-se rodadas diplomáticas entre os dois países para tentar conciliar interesses e baixar o nível de retaliações recíprocas. As chances de um desenlace prático e positivo são, infelizmente, muito pequenas. O Brasil, antes superavitário no comércio bilateral, não pode mais contar com esta vantagem.
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