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Produção industrial encara oitavo mês consecutivo de baixa
Seção: Brasil
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SÃO PAULO - A atividade da indústria brasileira caiu pelo oitavo mês consecutivo em abril, na série de comparações anuais. De acordo com a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a atividade do setor recuou 2,9% ante abril de 2011, intensificando a queda verificada em março, de 1,9%.
O IBGE destacou que março e abril deste ano tiveram um dia útil a mais que os mesmos meses em 2011.
No índice de abril deste ano na comparação com o mesmo mês de 2011, as taxas negativas alcançaram as quatro categorias de uso (bens de capital, bens intermediários, bens de consumo duráveis e bens de consumo semiduráveis e não duráveis), 14 dos 27 ramos, 46 dos 76 subsetores e 55% dos 755 produtos pesquisados. Entre os ramos, veículos automotores, que recuou 10,5%, exerceu a maior influência negativa na formação da média da indústria, pressionado em grande parte pela queda na produção de aproximadamente 75% dos produtos investigados no setor, com destaque para caminhões, caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, automóveis e chassis com motor para ônibus e caminhões.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de farmacêutica (-18,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-16,6%), alimentos (-3,1%), metalurgia básica (-4,7%), fumo (-20,6%), produtos de metal (-5,7%), têxtil (-7,7%), borracha e plástico (-4,9%) e vestuário e acessórios (-11,9%).
Na contramão, ainda na comparação com abril de 2011, entre os doze setores que registraram taxas positivas, os principais impactos ficaram com refino de petróleo e produção de álcool (6,0%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (14,4%) e celulose, papel e produtos de papel (3,9%), impulsionados em grande parte pela maior fabricação de gasolina automotiva e óleo diesel, no primeiro ramo, peças e acessórios para máquinas para processamentos de dados e computadores, no segundo, e celulose no último.
(Ana Conceição | Valor)
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