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Emprego e salário da indústria recuam em março, aponta IBGE

Veículo: Folha de S. Paulo
Seção: Poder
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O emprego industrial recuou 0,4% em março na relação com fevereiro, após ter registrado -0,3% em janeiro e 0,1% em fevereiro. Com o resultado, a média apurada no trimestre também foi de queda, de -0,2%.

O salário real dos trabalhadores da indústria, ajustado sazonalmente, também recuou 0,7% em março, ante fevereiro, após registrar expansão por dois meses consecutivos, período em que acumulou ganho de 6,4%.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (11) na Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na comparação com março de 2011, o emprego industrial apresentou queda de 1,2%, com redução no número de vagas em nove das 14 áreas pesquisadas. Este é sexto resultado negativo consecutivo nesta relação e o mais intenso desde dezembro de 2009 (-2,4%).

São Paulo teve um recuo maior do que a média dos Estados, com variação negativa de 3,2%, com redução de emprego em 14 dos 18 setores investigados.

No trimestre, houve recuou de 0,8% ante o primeiro trismeste do ano anterior. Em contrapartida, nos acumulado nos últimos 12 meses, foi registrada alta de 0,2% em março.

Ontem, o IBGE divulgou que a produção industrial de Estado de São Paulo, principal parque fabril do país, teve queda de 6,2% no primeiro trimestre deste ano. Foi o pior resultado para o período desde 2009, quando o Brasil sentiu os efeitos da crise financeira estourada nos EUA.

A queda provocou o declínio de 3% na produção industrial nacional no trimestre, com contribuições menores dos Estados de Santa Catarina (-6%), Rio de Janeiro e Espírito Santo (-2,4%), região Nordeste (-1,4%), Minas Gerais (-0,7%) e Bahia (-0,7%).

Recentemente, o governo lançou o Plano Brasil Maior, pacote de estímulo à indústria com desonerações da folha de pagamentos de diversos setores e crédito ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), da ordem de R$ 45 bilhões. O objetivo é ajudar o país a aquecer a economia brasileira.

SALÁRIO

Além do recuo de 0,7% em março, a pesquisa destaca que na média móvel trimestral (janeiro, fevereiro e março) o número de horas pagas cresceu 0,7% de janeiro a março deste ano, após mostrar taxas negativas por três trimestres consecutivos: -0,4% no segundo trimestre de 2011, -0,2% no trimestre seguinte e -1,4% no último trimestre do ano passado.

Na comparação com março de 2011, o número de horas pagas mostrou queda de 1,5% --a sétima taxa negativa consecutiva nesta comparação e a mais intensa desde novembro (-1,6%).

No acumulado do ano, o resutlado também ficou negativo, com redução de -1,2%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses caiu 0,4% em março, a queda mais intensa desde junho de 2010 (-0,9%).

Em março de 2012, o número de horas pagas recuou 1,5% em relação a março de 2011, com taxas negativas em dez dos 14 locais pesquisados. Em termos setoriais, as principais influências negativas vieram de vestuário (-7,6%), produtos de metal (-6,1%), calçados e couro (-7,0%), têxtil (-5,6%), borracha e plástico (-4,2%), madeira (-8,9%) e papel e gráfica (-3,5%). A contribuição positiva mais relevante sobre o total da indústria veio do setor de alimentos e bebidas (2,9%), seguido por máquinas e equipamentos (2,3%) e indústrias extrativas (4,5%).



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