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Crescimento mais lento da China afeta commodities

Veículo: O Estado de S. Paulo
Seção: Economia
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Cenário: Filipe Domingues

O sentimento de aversão ao risco pressionou a maioria das commodities ontem nas bolsas internacionais. O principal fator para a cautela dos investidores, que se afastaram dos mercados de commodities e ações, mais arriscados, foi a desaceleração no crescimento econômico da China. O Produto Interno Bruto (PIB) chinês, soma de toda a produção do país, cresceu 8,1% no primeiro trimestre, menos do que os 8,3% esperados por economistas. Embora ainda seja um ritmo forte, sugere uma demanda menor por matérias-primas. Assim, os preços do açúcar para maio caíram 3,51% na Bolsa de Nova York, para 23,37 centavos de dólar por libra-peso.

"Um PIB mais fraco (da China) pode impactar o Brasil diretamente, pois a China é o maior parceiro comercial", disse à agência Dow Jones o analista Mike McDougall, da corretora Newedge, referindo-se ao fato que o Brasil é o maior produtor mundial de açúcar. Pelo mesmo motivo, os preços de outras soft commodities caminharam no mesmo sentido: o café caiu 2,02% e o algodão recuou 0,99%.

A aversão ao risco promoveu também compras de dólar, considerado um porto seguro para os investidores, o que tende a pesar nos preços das matérias-primas - que, cotadas em dólar, passam a custar mais em outras moedas. A força da moeda americana empurrou para baixo os preços dos grãos na Bolsa de Chicago. O trigo recuou 2,46% e o milho caiu 1,29%. A soja cedeu menos, 0,29%, sustentada em parte pela demanda chinesa que, apesar de um crescimento menor do PIB, permanece firme.



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