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Intenção de compra é a 2ª menor desde 2008

Veículo: O Estado de S. Paulo
Seção: Economia
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Dois indicadores que captam as intenções do consumidor divulgados ontem indicam maior cautela para ir às compras nos próximos meses. Pesquisa de intenção de consumo de bens duráveis, artigos de vestuário e viagens para este trimestre recuou para o segundo menor resultado desde 2008, segundo pesquisa do Provar em parceria com a Felisoni Consultores Associados.

A enquete, feita com 500 paulistanos de todas as classes, revela que 58% vão consumir neste trimestre. A queda é de 15,2 pontos em relação ao mesmo período de 2011 e 1,4 ponto na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

A maior cautela também aparece no resultado do Índice Nacional de Confiança (INC), apurado pelo instituto de pesquisa Ipsos para a Associação Comercial de São Paulo. Em março, o indicador recuou para 157 pontos, ante 176 pontos em fevereiro. Em março de 2011, o INC estava em 157 pontos. O indicador varia de zero a 200 pontos. Abaixo de 100 pontos indica pessimismo e, acima de 100 pontos, otimismo.

De fevereiro para março, houve queda nos resultados dos quesitos situação financeira atual boa e futura melhor, segurança no emprego e cenário favorável para a compra de eletrônicos.

Já a confiança do empresário do comércio vem evoluindo favoravelmente neste início de ano, embora ainda esteja em nível inferior ao do ano passado. E a previsão para o futuro é de progresso, segundo a Sondagem do Comércio, divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas.

No trimestre encerrado em março, 60,3% dos entrevistados disseram acreditar em uma melhora na tendência dos negócios nos próximos seis meses. No trimestre encerrado em fevereiro, esse porcentual era de 55,9%. Os destaques foram os setores de bens de consumo e materiais de construção.

"Seria exagero falar em pessimismo quando há 60% das empresas dizendo que a tendência para os negócios nos próximos seis meses é boa. O grau de otimismo ainda não voltou ao patamar do ano passado, mas houve avanço em março", afirmou o economista Aloisio Campelo, consultor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV. "A melhora de expectativas sinaliza que o resultado está ganhando um pouco de força."

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) caiu 4,3% no trimestre encerrado em março, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Em fevereiro, a queda tinha sido de 6,4% na mesma comparação. Em março deste ano, o Icom ficou em 124,6 pontos.



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