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Em favor da indústria

Veículo: Jornal de Santa Catarina
Seção: Opinião
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Cansados de assistir à perda de espaço da indústria brasileira diante da invasão de importados, devido à valorização do real, empresários e trabalhadores uniram-se para exigir do Planalto medidas mais amplas que as adotadas pontualmente nos últimos meses. As reivindicações começaram a ser sistematizadas após audiência de empresários com a presidente Dilma Rousseff na última semana. E, a partir do Rio Grande do Sul, começam a ser levadas também aos governadores, num movimento que se estenderá a Santa Catarina amanhã, com previsão de chegar a outros Estados.

Desde o recrudescimento da crise global, o governo federal vem optando por uma série de alternativas no esforço de socorrer um ou outro segmento industrial sem condições de competir com parceiros como a China. A questão é que o processo de desindustrialização não será detido enquanto continuar mais fácil importar do que produzir. Além disso, comprar de mercados com preços mais vantajosos não gera emprego, nem renda, nem impostos no mercado interno.

Os empresários e trabalhadores precisam aproveitar o temor do efeito das importações sobre a indústria de transformação para cobrar providências em favor de mais competitividade. Isso significa a necessidade, além da redução da taxa de juros, de mais investimentos no setor produtivo, com ênfase em inovação tecnológica. Mas, acima de tudo, é urgente reduzir os custos de quem produz. Entre estas medidas estão a desoneração da folha de pagamentos, a adoção de tarifas mais acessíveis para insumos como energia elétrica e o encaminhamento de uma reforma tributária. O Brasil conseguiu retardar os efeitos da crise global e retomar o crescimento antes de outros países diretamente mais afetados. Agora, precisa se mostrar capaz de preservar seu setor produtivo, particularmente a indústria de transformação, hoje a mais afetada.



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