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Texfair Home consolida recuperação do setor de produtos têxteis voltados ao lar

Veículo: Noticenter
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A Texfair Home consolidou a recuperação do setor de produtos têxteis voltados para o lar, que viveu tempos difíceis nos últimos anos com a crise do algodão, perda de produção e valorização do real frente ao dólar. A avaliação é de Ulrich Kuhn, presidente do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex), responsável pela organização do evento. A feira, que aconteceu em Blumenau na última semana, entre os dias 6 e 9, reuniu 12,1 mil visitantes de todo o país e do exterior. O número de expositores foi 10% maior em relação ao último ano. No total, mais de 300 marcas apresentaram novidades e tendências em cama, mesa, banho, cortinas, tapetes e artigos de decoração. A próxima edição está programada para acontecer entre os dias 5 e 8 de março de 2013.

Quem circulou pelo Parque Vila Germânica durante os quatro dias de feira até chegou a estranhar o baixo fluxo de pessoas nos corredores, que estavam relativamente vazios. Dentro dos estandes, no entanto, era grande o movimento de lojistas e compradores. Para Kuhn, um sinal de que o público presente, apesar de abaixo do inicialmente projetado – a expectativa era que 15 mil pessoas visitassem o evento –, foi mais seletivo e voltado à realização de negócios. “Pelo clima da feira, deu pra perceber que a fase pior já passou”, diz o dirigente em entrevista ao Noticenter, referindo-se ao momento do setor.

Apesar da dificuldade em contabilizar valores referentes ao fechamento de negócios, a Texfair Home deve contribuir de maneira significativa no faturamento dos expositores em 2012. A Branyl, fabricante de cortinas de alto padrão, alcançou suas metas logo no segundo dia de feira. O volume de vendas, que deve representar 10% do total comercializado este ano, foi 5% superior ao registrado em 2011. A blumenauense Teka vendeu 5% de sua produção anual. Os negócios da tradicional marca de cama, mesa e banho devem superar, em média, entre 40% e 50% o total fechado na última edição.

 

Fotos: Laís Brandes/Noticenter

Empresas com Mannes, Altenburg, Buettner e Lepper apresentaram suas novidades durante a feira


Para a Bella Janela, fabricante de cortinas prontas, a edição de 2011 também foi melhor que a do último ano. As vendas subiram 10%. A Coteminas, dona das marcas Santista e Artex, estima que os negócios fechados na feira deverão representar 15% do seu faturamento anual. Outras grandes empresas catarinenses do setor, como Altenburg, Buettner, Karsten Mannes também marcaram presença.

Mas nem só de expositores ligados à área têxtil vive a Texfair Home. Empresas de outros segmentos aproveitaram a qualificação do público presente para expor seus produtos. A Smell Aromas destacou suas fragrâncias para uso residencial. De acordo com a empresa, as vendas contabilizadas na feira devem representar 15% do total faturado este ano. A Paros Antifurto apresentou toda sua linha de produtos de prevenção de furtos, que inclui câmeras de vigilância, antenas sensoriais, cadeados eletrônicos e contador de fluxo de pessoas. “São soluções para proteção do varejo”, destaca o diretor Paulo Roberto Soares.

DIVISÃO DA FEIRA FOI POSITIVA, AVALIA KUHN

Esta foi a segunda edição da Texfair Home desde a divisão da Texfair do Brasil, no ano passado. Antes, a feira reunia de uma só vez fabricantes de produtos têxteis para o lar e também empresas de confecção e vestuário. A proposta de separar os dois segmentos resultou na criação de dois eventos: a Texfair Home e a Texfair Fashion, que deveria ter acontecido em junho, mas não chegou a sair do papel no último ano. A edição especialmente voltada ao vestuário foi adiada depois que alguns dos principais expositores questionaram a data de realização. O mês de junho, alegaram as empresas, seria tarde demais para o lançamento das coleções Primavera-Verão. A primeira edição da Fashion está confirmada para este ano. Vai acontecer entre os dias 17 e 20 de abril, também no Parque Vila Germânica, em Blumenau.

O presidente do Sintex, Ulrich Kuhn, revela que desde o início da Texfair, há 12 anos, já se sabia que, em algum momento, a feira teria que ser repartida. “Até por uma questão de profissionalização do evento”, disse. De acordo com o dirigente, a medida permitiu mais foco nas negociações. Para as fabricantes de produtos têxteis para o lar, a divisão acabou sendo ainda mais vantajosa, já que o glamour dos desfiles das coleções, com a presença de modelos e artistas famosos, acabava atraindo mais olhares para as empresas de vestuário.

Outro ponto que pesou a favor da divisão foi a falta de infraestrutura. Faltavam, por exemplo, leitos nos hotéis da cidade para receber compradores e expositores de fora. Muitos deles precisavam se hospedar em cidades vizinhas como Gaspar, Timbó e até mesmo Balneário Camboriú.

Além dos expositores, a Texfair Home contou com um circuito de palestras que abordaram a evolução do consumo, impactos e relevâncias no varejo, comportamento do mercado, tendências e gestão de vendas.



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