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PIB baixo e lições do setor têxtil

Veículo: Diário Catarinense
Seção: Informe Econômico - Estela Benetti
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O crescimento de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, no ano passado, com expansão de apenas 1,6% da indústria e taxa de investimento de 19,3%, inferior ao desejável, não surpreendeu lideranças do setor têxtil que participaram do primeiro dia da Texfair Home, ontem, na Vila Germânica, em Blumenau. O empresário Ulrich Kuhn, presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis e do Vestuário (Sintex), que organiza a mostra, espera que essa expansão econômica mais baixa induza o governo a tomar as medidas necessárias para reduzir o custo Brasil. Ele vê como decisão positiva, hoje, a redução da taxa básica de juros Selic.

– Notícia ruim tem que gerar ações para retomada do crescimento. Espero que essa retomada não seja um processo de protecionismo exagerado, mas que inclua medidas para encarar os problemas da nossa competitividade de forma mais objetiva – afirma Kuhn.

Segundo ele, não há sinalização, ainda, de que o governo vai fazer as reformas necessárias embora a presidente Dilma reconheça a sua importância. Ele cita o plano Brasil Maior, que foi lançado como a grande esperança de desoneração dos custos trabalhistas, mas não teve o efeito necessário. Algumas empresas tiveram redução de 1,5%, para outras o efeito foi nulo e outras tiveram aumento de carga. Kuhn alerta que é difícil competir com a China que tem vantagens mais de 50% superiores do que o Brasil, considerando câmbio e outros custos.

Crescimento de 5%

A cadeia têxtil catarinense, que inclui cama, mesa e banho, confecções, outros itens e fornecedores, envolve cerca de 290 mil pessoas no Estado. A expectativa é de que o setor vai crescer, este ano, de 4% a 5%, estima o presidente do Sintex, Ulrich Kuhn. A queda de 14,8% do setor de itens para o lar, ano passado, foi em função da desorganização do mercado pelo aumento do preço do algodão, queda de exportações e restrições da Argentina. Já o setor de vestuário teve crescimento de 6%. Para marcar a abertura da Texfair, Kuhn (C ), e o diretor executivo do Sintex, Renato Valin (D), promoveram um coquetel para autoridades, entre as quais o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte (E).



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