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Brasil será proativo para reforçar o crescimento, diz Dilma

Veículo: O Estado de S. Paulo
Seção: Notícias
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O governo vai trabalhar ativamente para aumentar o crescimento do Brasil, mas fará isso com responsabilidade fiscal, disse nesta terça-feira a presidente Dilma Rousseff, pouco antes do anúncio de que a economia brasileira cresceu 2,7 por cento em 2011.

O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) mostrou recuperação gradual da economia no fim do ano passado em meio à crise internacional, mas o desempenho veio abaixo do esperado pelo próprio governo.

"O governo brasileiro terá uma posição proativa no sentido de ampliar, cada vez mais, a taxa de crescimento no Brasil de forma sustentável, respeitando o equilíbrio macroeconômico com finanças públicas e uma estrutura fiscal sólida", disse Dilma em Hanover, na Alemanha, em comunicado conjunto com a chanceler alemã, Angela Merkel.

O crescimento de 0,3 por cento no quarto trimestre sobre os três meses anteriores indica uma recuperação da atividade econômica, mas a indústria continua fraca, tendo recuado 0,5 por cento no período.

O Banco Central trabalhava com a previsão de que o PIB cresceria 3 por cento no ano passado mas o seu próprio indicador de atividade, o IBC-Br, que registrou crescimento de apenas 2,79 por cento no ano, já havia mostrado que o avanço seria menor.

Dilma disse que o momento adverso na economia internacional pressiona as taxas de crescimento de países em desenvolvimento e voltou a criticar o excesso de liquidez que valoriza moedas locais, como o real, favorecendo importações e prejudicando a indústria nacional.

"(Este) é um período adverso, eu acho, para a economia internacional, uma vez que não só os países desenvolvidos estão sofrendo pressões nas suas taxas de crescimento, mas também os países emergentes", disse Dilma.

"Na verdade, o que tem acontecido é que os países emergentes têm visto as suas taxas de crescimento diminuírem".

Dilma elevou o tom das críticas às medidas de política monetária expansionista praticadas pelos países desenvolvidos, como a injeção de 530 bilhões de euros na semana passada pelo Banco Central Europeu (BCE) nas instituições financeiras que enfrentam problemas, chamando o momento de "tsunami monetário".



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