Notícias

Bovespa cai com venda de estrangeiro e dólar sobe com BC

Veículo: O Estado de S. Paulo
Seção: Economia
Página:

Cenário:

Um dos destaques de alta neste ano em relação aos seus pares, a Bovespa passou ontem por uma realização de lucros. O movimento foi capitaneado pelos investidores estrangeiros, que aproveitaram algumas preocupações em relação à situação europeia para embolsar parte dos ganhos recentes. E o estopim para a baixa de 1,06% do Ibovespa, que terminou em 65.241,49 pontos, teve início já no fim de semana, com a decepção sobre o resultado da reunião do G-20, na cidade do México, que colocou o mercado financeiro na defensiva durante a manhã. Os ministros de Finanças reunidos na capital mexicana adiaram a decisão sobre o aporte de recursos para o Fundo Monetário Internacional (FMI) ajudar a Europa e cobraram dos líderes europeus que cheguem a um acordo, até 31 de março, sobre aumento do volume de recursos e eventual combinação entre o Mecanismo de Estabilização Europeu (ESM) e a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF).

As bolsas europeias também fecharam em baixa e, assim como o mercado brasileiro, não se renderam à melhora dos índices nos Estados Unidos. O S&P 500 e o Nasdaq subiram 0,14% e 0,08%, respectivamente. O Dow Jones cedeu 0,01%. Por lá, os investidores se ancoraram em dados melhores do que o previsto de vendas pendentes de imóveis e de atividade industrial do Fed de Dallas.

Tal melhora ameaçou, no começo da tarde, colocar o dólar em rota de baixa ante o real, depois de uma manhã de ganhos. O mercado de câmbio doméstico, no entanto, passou a segunda parte do pregão travado, dividido entre a expectativa de novas entradas de dólares e a possibilidade de atuação do Banco Central. Este último fato acabou se confirmando nos 20 minutos finais dos negócios com o dólar no balcão, quando a autoridade monetária fez um leilão de compra à vista, no qual pagou taxa de R$ 1,7079. A moeda dos EUA fechou, assim, com leve ganho de 0,12%, a R$ 1,7080.

No mercado de juros, as taxas curtas subiram, amparadas pela pequena melhora internacional e por comentários das reuniões entre o Banco Central e analistas. Nesses encontros, a autoridade monetária deu a entender que não deve intensificar o uso de medidas macroprudenciais para preservar ou garantir espaço para uma redução maior do juro básico. Após o fechamento dos mercados, a Standard & Poor1s rebaixou o rating da dívida soberana de longo prazo da Grécia de CC para SD ("default seletivo"). O rating da dívida de curto prazo da Grécia também foi rebaixado, de C para SD.



Compartilhe:

<< Voltar

Nós usamos cookies em nosso site para oferecer a melhor experiência possível. Ao continuar a navegar no site, você concorda com esse uso. Para mais informações sobre como usamos cookies, veja nossa Política de Cookies.

Continuar