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Crescimento de Santa Catarina fica abaixo do país

Veículo: Jornal de Santa Catarina
Seção: PIB
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FLORIANÓPOLIS - A economia catarinense não cresceu mais que 2% em 2011, segundo projeção do Itaú Unibanco. Abaixo do Brasil, que teria elevado o PIB em 2,7% no ano passado. SC teve o pior resultado do ano, comparado com outros nove estados e a região Nordeste. Nos últimos 10 anos, o Estado cresceu menos que o país em oito ocasiões.

Para 2012, a perspectiva é que o crescimento menor se repita. De acordo com o economista Aurélio Bicalho, da equipe de macroeconomia do Itaú Unibanco, SC e os outros estados do Sul serão prejudicados por uma exportação menor provocada pela desaceleração econômica mundial. Os segmentos da indústria catarinense que vendem mais para os países europeus vão sofrer mais este ano com a redução da economia da Eurozona.

Para saber quanto as regiões do país cresceram em cada um dos quatro trimestres do ano, a equipe do banco analisa três indicadores: a produção industrial, as vendas no varejo e a geração de emprego formal.

Mesmo reduzindo a importância das exportações na pauta da indústria, o Estado ainda depende deste indicador para o crescimento. Nos últimos 10 anos, quando SC cresceu menos que a média do país, outros estados foram favorecidos pela exportação de matérias-primas (commodities). Um estudo da Associação de Comércio Exterior do Brasil revelou que, de 2000 a 2011, a compra de commodities brasileiras cresceu 716,5%.

As medidas do Banco Central para desacelerar o consumo no ano passado e a crise na Europa fizeram o PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas em um determinado território, desacelerarem em todos os estados do país. Ainda que a tendência tenha sido generalizada, os estados do Sul apresentaram desempenhos diferentes.

– O Paraná desacelerou, mas manteve uma taxa de crescimento elevada. O oposto disto ocorreu em SC, com a retração da indústria, principalmente da produção têxtil.

Depois de apresentar um crescimento de 1,5% no terceiro trimestre do ano passado, SC apresentou desaceleração no último trimestre. Esse resultado foi provocado pela atividade industrial, com queda na produção de alimentos, máquinas e equipamentos. Para o economista Carlos Honorato, da Fundação Instituto de Administração (FIA), esta é uma boa oportunidade para SC repensar o futuro, investindo em inovação e tecnologias que possam tornar o Estado um referencial.



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