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Indústria global puxa alta das bolsas

Veículo: O Estado de S. Paulo
Seção: Economia
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Indicadores de atividade industrial mais animadores - embora ainda pouco consistentes - ao redor do globo e uma iminente solução para a dívida grega fizeram com que as bolsas, com exceção das asiáticas e incluindo a brasileira, registrassem ontem altas significativas.

Na China, o índice industrial oficial (CFLP) subiu para 50,5 em janeiro, de 50,3 em dezembro. Já o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), medido pelo HSBC, subiu ligeiramente para 48,8 em janeiro em comparação com a leitura de 48,7 em novembro.

Embora tenha permanecido em território de contração (abaixo de 50 pontos) pelo terceiro mês consecutivo, o que indica que a atividade industrial continua fraca na segunda maior economia mundial, a leitura do mercado foi positiva por ter avançado, mesmo que timidamente.

O otimismo do mercado contrastou, no entanto, com a posição do governo chinês. Segundo o ministro de Finanças do país, Xie Xuren, a economia da China enfrenta riscos de desaceleração em 2012, na medida em que o enfraquecimento da demanda externa reduz o crescimento do setor de exportação do país.

Xie afirmou também que as pressões inflacionárias na China continuam fortes, com os mercados internacionais inundados com dinheiro, o que ajudou a elevar os preços globais de commodities. "Há algumas pressões para o crescimento da economia. Com a demanda externa caindo claramente, os exportadores estão enfrentando crescentes dificuldades", afirmou Xie em um artigo publicado na revista mensal do Partido Comunista, Seeking Truth.

O PMI é derivado de índices que medem as mudanças na produção, novas encomendas, emprego, tempo de entrega dos fornecedores e estoques de produtos adquiridos. É baseado em uma pesquisa feita pela Markit Economics com mais de 420 empresas.

Resto do mundo. Na zona do euro, o mesmo índice subiu para 48,8 em janeiro, de 46,9 em dezembro. A Alemanha foi o único país da região a apresentar um dado acima de 50 - que indica expansão da atividade. No país, a atividade subiu a 51,0 em janeiro, ante previsão de 50,9. Essa foi a primeira expansão da atividade alemã desde setembro e a leitura mais alta em seis meses. Já o índice dos gerentes de compra industrial do Reino Unido subiu para 52,1 em janeiro, de 49,7 em dezembro, que foi revisado a partir da leitura preliminar de 49,6.

Nos Estados Unidos, o índice de atividade industrial do ISM avançou para 54,1 em janeiro, de 53,1 em dezembro.

O mercado americano recebeu outra boa notícia ontem, com o relatório da ADP/Macroeconomic Advisers mostrando que o setor privado do país criou 170 mil empregos em janeiro, em comparação a dezembro, em base sazonalmente ajustada, segundo o relatório. O número é considerado um indicador da direção do relatório do mercado de trabalho do governo dos EUA, que engloba também dados do setor público, e que será divulgado amanhã.

Grécia. Ainda ontem, o Instituto Internacional de Finanças (IIF) avisou que um acordo com o governo da Grécia para renegociação da dívida do país era iminete. Em outra frente, o país negocia com a troica de credores internacionais - formada por Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE).

Em Londres, a bolsa fechou em alta de 1,92%; Paris, 2,09%; e Frankfurt teve alta de 2,44%. Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones avançou 0,66% e o eletrônico Nasdaq, 1,22%. O Ibovespa, no Brasil, fechou em 2,37%. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS



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