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Mesmo sem novos benefícios, Mantega deixa empresários otimistas

Veículo: Valor Econômico
Seção: Brasil
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A última reunião do Grupo de Avanço da Competitividade (GAC), que reúne executivos da indústria e do varejo e representantes do governo, terminou sem que tenha sido anunciada nenhuma nova medida de estímulo à economia, como era a expectativa dos empresários. Durante o encontro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não apresentou proposta concreta, mas ainda assim havia certo clima de otimismo entre os empresários ouvidos pelo Valor.

"[Na reunião] não teve nenhuma promessa. O ministro disse que tem as ferramentas necessárias para estimular a indústria, como o depósito compulsório. Falta usá-la", disse uma fonte que preferiu não se identificar. O empresário reconheceu o benefício das medidas já adotadas, como a redução da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para o crédito à pessoa física, mas afirmou que o pacote ainda poderia ser ampliado.

Para José Lípeo Custódio, diretor da Associação Brasileira da Indústria do Mobiliário (Abimóvel), a situação tende a melhorar. "Pior do que está não fica. Foi bom ver que diferentes setores apontaram em seus discursos que a forte concorrência com os importados continua a ser um grande problema. Isso dá força às reivindicações da indústria de transformação."

No entanto, há ceticismo entre os executivos, já que os efeitos das medidas de estímulo à atividade econômica somente devem ser sentidos no fim do primeiro semestre de 2012, segundo Rosane Donati, superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira (Abipa).

A apreensão é maior entre os industriais. De acordo com relatos da reunião dados ao Valor, os empresários do setor de serviços pareceram mais confortáveis com os resultados. "Deu para sentir que serviços e algumas áreas do varejo estão mais otimistas que nós", afirmou Rosane.

Participaram cerca de 30 entidades, entre elas empresários da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), do Sindicato da Indústria de Autopeças (Sindipeças), da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) e da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco).



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