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Desempenho da balança comercial evita PIB negativo no 3º trimestre

Veículo: O Estado de S. Paulo
Seção: Economia
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O setor externo contribuiu positivamente para evitar um desempenho negativo do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre do ano. Na comparação com o segundo trimestre de 2011, houve avanço das exportações de bens e serviços (1,8%) e queda nas importações (0,4%).

"O comportamento do setor externo, com a taxa positiva das exportações acima da negativa das importações, contribuiu positivamente para que o PIB não fosse negativo", afirmou Rebeca Palis, gerente da Coordenação de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A perspectiva de queda no nível da atividade econômica, com desaceleração do consumo, fez com que as importações diminuíssem. Enquanto isso, a diversidade da pauta de exportações brasileira ajudou a manter um bom resultado na balança comercial, mesmo com a demanda internacional em queda.

No entanto, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, as importações voltaram a crescer a taxas maiores do que as exportações.

As exportações subiram 4,1%, enquanto as importações cresceram 5,8% nessa comparação, sob influência do câmbio. O dólar foi trocado numa média de R$ 1,64 no terceiro trimestre deste ano, abaixo da registrada no mesmo período de 2010 (R$ 1,75).

"A taxa de câmbio só começou a subir mesmo em setembro", lembra Rebeca. A coordenadora do Centro de Comércio Exterior do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Lia Valls, vai na mesma linha, lembrando que o agravamento da crise europeia também foi mais forte no fim do trimestre. "Os reflexos nas exportações devem começar a ser sentidos só no quarto trimestre ou no ano que vem."

Entre os destaques na pauta de importados figuraram veículos, equipamentos eletrônicos, material elétrico, têxteis, vestuário e calçados, plásticos e produtos químicos. Mesmo assim, os dados do IBGE mostram que houve redução de R$ 8,6 bilhões no déficit externo de bens e serviços, que ficou em R$ 3,6 bilhões no terceiro trimestre. Segundo Rebeca, essa redução se deve mais ao aumento dos preços dos produtos mais exportados pelo Brasil, sobretudo o das commodities, que subiram mais do que os itens importados.


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