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Empresas de SC devem repetir esquema de férias coletivas de 2010

Veículo: Valor Econômico
Seção: Brasil
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FLORIANÓPOLIS – As empresas de Santa Catarina pretendem manter um esquema de férias coletivas semelhante a 2010 nos setores metalúrgico e têxtil. Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Joinville e Região, Genivaldo Ferreira, até a última semana de novembro nenhuma empresa havia protocolado o plano de férias coletivas para este fim de ano. Em 2010, a maioria das empresas da região paralisou as atividades por um período entre sete e dez dias, disse o sindicalista.

Na fundição Tupy, do total de funcionários em atividade na planta da Joinville – cerca de 7.850 – 40% não terão férias coletivas. Os setores que irão manter as atividades são os das unidades de blocos para motores e de usinagem. Os demais terão férias em períodos que vão variar entre duas e três semanas, a partir de 19 de dezembro. Na planta de Mauá não haverá férias coletivas.

Em 2010 a Tupy tinha em atividade 7.900 funcionários, 6.600 em Joinville e 1.300 em Mauá. No momento, são 9.230 funcionários, 7.850 em Joinville e 1.380 em Mauá. Em 2010 o percentual em férias coletivas passou dos 50%. Nste ano será de 40%.

A fundição Wetzel, com 1.750 funcionários, prevê um período de paralisação entre 23 de dezembro e 9 de janeiro para 70% dos trabalhadores. Segundo André Wetzel, vice-presidente da empresa, o setor mais aquecido é o de material elétrico, que está estimulado pela demanda da construção civil e outras obras de infraestrutura no País. “Será um final de ano equilibrado, semelhante ao do ano passado”, disse.

A fabricante de motores, equipamentos elétricos e tintas WEG terá férias coletivas com duas datas de retorno para os mais de 21 mil funcionários no Brasil. Parte deles, de 26 de dezembro a nove de janeiro. A outra parte irá retornar somente no dia 16 de janeiro do ano que vem.

Segundo a assessoria de imprensa da WEG, algumas áreas como manutenção, expedição e fabricação de componentes de automação trabalharão com parte da equipe, num esquema de revezamento. O esquema reproduz o mesmo ritmo de 2010, segundo a companhia.

A fabricante de tubos e conexões Tigre concederá férias coletivas de forma escalonada para os 5 mil funcionários no Brasil, entre janeiro e fevereiro. Segundo a assessoria de imprensa da empresa, o esquema segue a mesma orientação do ano anterior.

No setor têxtil do Vale do Itajaí catarinense, as empresas devem realizar paradas de 10 a 15 dias. Segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Blumenau, Vivian Bertoldi, a grande maioria das companhias já havia protocolado o acordo para a paralisação das atividades no fim do ano. Teka, Círculo, Sulfabril, Malwee e Hering irão paralisar as atividades, informou a presidente. Segundo Vivian, o período de férias ficou alinhado com a parada do ano passado.

A presidente informou que a Coteminas não havia decidido se concederia férias coletivas aos funcionários. De acordo com Vivian, a empresa usou o precedente ao longo do ano para se ajustar à queda de produção. A Coteminas também enxugou a unidade de Blumenau, demitindo dezenas de funcionários. A companhia não deu retorno ao pedido de entrevista do Valor para comentar as informações.



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