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BNDES foca na América Central para aumentar rede de credenciados

Veículo: DCI
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foca agora na América Central para expandir a rede de bancos credenciados no exterior para operar linhas de financiamento à exportação nos mercados onde estão os compradores de máquinas, veículos e equipamentos brasileiros. O banco já tem US$ 1 bilhão em crédito disponível para as linhas chamadas de Exim Automático, mas em um ano contratou apenas cerca de US$ 60 milhões com estas operações.

Segundo a superintendente da área de exportação do BNDES, Luciene Machado, o Exim Automático é uma das apostas do BNDES para elevar o crédito para bens de capital na modalidade pós-embarque, que financia o comprador. O banco já tem uma atuação forte no crédito para a produção de bens para a exportação antes da venda, o pré-embarque, mas quer ajudar mais a competitividade da indústria de bens de capital financiando mais a outra ponta.

O Exim Automático começou a operar no fim de 2010 por meio das atividades do Itaú Unibanco e do Banco do Brasil na Argentina e, com a adesão de bancos locais, já conta com 16 instituições credenciais em países sul-americanos como Colômbia, Peru e Chile Os bancos oferecem o crédito do banco de fomento em moeda local com prazos entre 5 e 8 anos, ficando, na maioria das vezes, com os riscos das operações.

"Quanto maior o valor agregado de um determinado item de exportação, mais o financiamento ajuda a compor o preço final", diz Luciene. "Em muitos casos, um bem de alto valor só é comercializado se tiver alguém disposto a financiar. É aí que queremos crescer, no pós-embarque de longo prazo."

Embora o crédito pré-embarque do BNDES esteja caindo este ano, com o fim de uma linha para bens de consumo e o reajuste de taxas, a previsão do banco é terminar 2011 com alta entre 10% e 15% nas linhas pós-embarque, que somaram R$ 4,1 bilhões em desembolsos no ano passado. A maior parte desse montante se refere à exportação de aviões da Embraer, lotes de caminhões e ônibus, grandes equipamentos e serviços para obras como hidrelétricas e rodovias no exterior.

Com a criação do Exim Automático no ano passado, o BNDES tenta atingir os importadores menores, interessados em comprar do Brasil uma máquina agrícola apenas ou uma quantidade pequena de ônibus, sem a burocracia da aprovação direta das grandes operações, que não contemplam o pequeno importador.

Como esse varejo depende de volume para impactar as exportações, o BNDES quer aumentar o número de bancos parceiros investindo no mercado de países da América Central como Guatemala, Costa Rica, El Salvador e Panamá.


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