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OMC admite discutir dumping cambial, diz ministro Pimentel

Veículo: DCI
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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse que a Organização Mundial do Comércio (OMC) aceitou discutir a tese brasileira sobre dumping cambial. "É correto que o país atingido tome medidas para se proteger", disse o ministro, referindo-se à proteção contra países que depreciam sua moeda e se beneficiam no comércio.

"Enquanto não houver uma mudança dos padrões de troca, nós, países emergentes, precisamos ter uma proteção cambial", declarou Pimentel. Quanto às medidas de proteção mencionadas por Pimentel serem direcionadas à China, a assessoria de imprensa do ministério negou e afirmou que são para se proteger de qualquer país que desvalorize sua moeda artificialmente.

Pimentel defendeu que os países tenham o direito de aplicar às importações tarifas equivalentes à desvalorização da moeda do país de origem, se ela partir de um "movimento cambial externo". Ele afirmou ainda que esse sistema de defesa poderia ser arbitrado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) ou por um conjunto de instituições financeiras internacionais, não pela OMC.

A balança comercial brasileira teve saldo positivo de US$ 1,575 bilhão, com média diária de US$ 315 milhões, nos cinco dias úteis da segunda semana de novembro. A corrente de comércio totalizou US$ 11,545 bilhões, com média de US$ 2,309 bilhões por dia útil.

As exportações, no período, foram de US$ 6,56 bilhões, com média diária de US$ 1,312 bilhão. Este resultado é 23,5% superior à média de US$ 1,062 bilhão da primeira semana. Houve aumento nas vendas de produtos semimanufaturados (49,1%) com destaque para açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro e aço, ouro em forma semimanufaturada, óleo de soja em bruto e ferro-ligas. Os básicos (47,3%) também registraram crescimento em função de minério de ferro, soja em grão, petróleo, farelo de soja e carne de frango e suína. Os embarques de manufaturados (-6,1%) decresceram por conta de automóveis de passageiros, açúcar refinado, veículos de carga, polímeros e tratores.

As importações, na segunda semana de novembro, chegaram a US$ 4,985 bilhões, com resultado médio diário de US$ 997 milhões, que significou retração de 19,8%, sobre a média da primeira semana (US$ 1,243 bilhão). Houve queda dos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, automóveis e partes, equipamentos eletroeletrônicos, adubos e fertilizantes e plásticos e obras.

Nos oito dias úteis de novembro, as exportações somaram US$ 9,745 bilhões, com média diária de US$ 1,218 bilhão. Por esse comparativo, a média diária das vendas externas foi 37,7% superior a de novembro de 2010 (US$ 884,4 milhões). Houve aumento nas três categorias de produtos.

Nos manufaturados (22,6%), os maiores crescimentos foram etanol, óleos combustíveis, automóveis, polímeros, veículos de carga, autopeças e açúcar refinado. Entre os básicos (58,6%), os destaques ficaram por conta de soja em grão, algodão em bruto, petróleo, fumo em folhas, carne de frango, bovina e suína, minério de ferro e café em grão. Nos semimanufaturados (22,3%), ferro fundido, semimanufaturados de ferro e aço, óleo de soja em bruto, couros e peles, ferro-ligas, celulose e açúcar em bruto registraram maior aumento nas vendas.

O saldo comercial de novembro ficou superavitário em US$ 1,032 bilhão (média diária de US$ 129 milhões), sendo que o resultado da segunda semana (US$ 1,575 bilhão) foi suficiente para reverter o déficit da primeira semana do mês (US$ 543 milhões). A média diária do saldo no mês está 786,6% superior a de novembro de 2010 (US$ 14,6 milhões) e 9,6% maior que a de outubro deste ano (US$ 117,8 milhões).

A corrente de comércio do mês alcançou US$ 18,744 bilhões (resultado diário de US$ 2,307 bilhões). Pela média, houve aumento de 31,5% no comparativo com novembro do ano passado (US$ 1,754 bilhão) e alta de 10,1% na relação com outubro último (US$ 2,096 bilhões).

De janeiro à segunda semana de novembro (217 dias úteis), as vendas ao exterior somaram US$ 221,884 bilhões (média diária de US$ 1,022 bilhão). Na comparação com a média diária do mesmo período de 2010 (US$ 793,3 milhões), as exportações cresceram 28,9%. As importações foram de US$ 195,462 bilhões, com média diária de US$ 900,7 milhões. O valor está 25,1% acima da média registrada no mesmo período de 2010, de US$ 720,3 milhões.

No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial já chega a US$ 26,422 bilhões, com o resultado médio diário de US$ 121,8 milhões. No mesmo período de 2010, o superávit foi de US$ 15,847 bilhões, com média de US$ 73 milhões. Pela média, houve aumento de 66,7% no comparativo entre os dois períodos. A corrente de comércio soma, em 2011, US$ 417,346 bilhões, com média diária de US$ 1,923 bilhão.


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