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Taxa oficial começa a ceder em 12 meses

Veículo: O Globo
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As expectativas já refletem a desaceleração vista no Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), divulgado pelo IBGE na semana passada. O indicador que orienta o sistema de metas de inflação ficou abaixo do esperado, passando de 0,53% em setembro para 0,42% na prévia de outubro. Mas o alívio não é suficiente para alcançar a meta de 4,5% em um ano. A projeção para o IPCA nos próximos 12 meses — para onde olha o Copom na hora de decidir sobre os juros — também caiu no último Focus, de 5,68% para 5,64%.

— Essa queda nas previsões é positiva no sentido de interromper uma série de altas nas expectativas, mas estamos longe de poder comemorar — alerta o economista do Banco Espírito Santo (BES), Flávio Serrano.

Analista culpa política fiscal pela inflação mais alta

Para Serrano, ainda é cedo para falar que essa revisão é uma tendência porque, no saldo dos últimos tempos, houve uma piora expressiva das expectativas desde agosto, que ainda deve demorar para se alterar.

Segundo o professor Alcides Leite, da Trevisan Consultoria, as apostas, tanto do governo e do BC quanto do mercado, convergem hoje para o limite da meta, que ele considera muito alta — pode chegar a 6,5%. Ele credita a permanência da inflação em patamar elevado à política fiscal expansionista de 2010.

— É uma herança da eleição do ano passado: estamos pagando o preço de todo aquele descontrole de 2010 e, definitivamente, é uma derrota pelo que o BC se propôs — afirmou o professor. (Gabriela Valente)



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